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Em sua mensagem, Francisco defendeu a hospitalidade em prol do diálogo entre os que pensam diferente, deixando de lado o egoísmo e a manipulação | CIRO FUSCO/EFE
Em sua mensagem, Francisco defendeu a hospitalidade em prol do diálogo entre os que pensam diferente, deixando de lado o egoísmo e a manipulação| Foto: CIRO FUSCO/EFE

No último dia de sua passagem pela América do Sul, o papa Francisco fez uma missa para cerca de 600 mil fieis em Assunção, no Paraguai. Em sua mensagem, Francisco defendeu a hospitalidade em prol do diálogo entre os que pensam diferente, deixando de lado o egoísmo e a manipulação. “São duas as lógicas que estão em jogo, duas maneiras de enfrentar a vida”, afirmou. “Quanto bem se pode fazer se aprendemos a linguagem da hospitalidade, do acolher. Hospitalidade com aquele que não pensa como nós, com a pessoa que não têm fé ou a perdeu, com o desempregado, com as culturas diferentes, com o pecador”.

A presidente argentina Cristina Kirchner assistiu à missa ao lado presidente paraguaio Horacio Cartes.

A cerca de 300 quilômetros dali, em Ciudad del Este, na Tríplice Fronteira, poucos fieis acompanharam a missa dominical na Catedral San Blas. O padre Bernardo Weimberg disse que mais da metade da paróquia havia ido a Assunção para ver o papa ou para trabalhar como voluntários da igreja católica na organização do evento. “Saíram à meia-noite, passaram a noite no ônibus porque não havia mais hotéis onde ficar. Devem voltar só na segunda de manhã, por causa do engarrafamento da volta”, disse o padre.

Na Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, policiais federais esperavam movimento de retorno na noite deste domingo (12). O comércio da Ciudad del Este, neste domingo (12), também estava mais devagar. Muitas lojas fecharam, com o feriadão de quatro dias decretado pelo governo para a visita do papa. Televisores foram colocados na entrada dos shoppings para que os fieis pudessem acompanhar a missa de Francisco.

De Fortaleza, a família de Lourdes ouviu algumas palavras de Francisco no intervalo das compras. “Pensamos em ir vê-lo em Assunção, mas queriam nos cobrar R$ 1.200 pela viagem, isso é mais do que pagamos pela hospedagem por cinco dias em Foz do Iguaçu”, disse.

O segurança paraguaio Carlos Rodriguez, falando espanhol misturado com guarani, disse que esperava que a vinda de Francisco ajudasse a reduzir a criminalidade no país. “A economia melhorou mas a insegurança ainda é um problema muito grande no Paraguai”, disse ele, queixando-se do tráfico de drogas e de facções como o EPP (Exército Popular Paraguaio).

No sábado, o papa pediu ao presidente Horácio Cartes que intercedesse pelo militar Edelio Morilingo, sequestrado há quase um ano pela milícia que atua no Norte do país. “Não sei se é verdade, se é justo ou injusto, mas um dos métodos que tinham as ideologias do século passado de separar as pessoas era o exílio, com a prisão e com os campos de extermínio”, afirmou Francisco.

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