Vídeo
Pontífice enfatiza direito à alimentação como fundamental
Estadão Conteúdo
O papa Francisco enfatizou o direito à alimentação como fundamental num discurso em vídeo destinado a especialistas no tema que começarão a trabalhar em um documento para sensibilizar e propor soluções para questões como fome, obesidade e desperdício de alimentos.
No vídeo, Francisco cita o "paradoxo da abundância" descrito por João Paulo II, pelo qual há comida para todos no mundo, mas nem todos podem comer, e afirmou que isso continua sendo um problema, apesar dos esforços da comunidade internacional.
Os 500 especialistas estão incumbidos de elaborar a chamada Carta de Milão, que tenta obter compromissos de governos, organizações e indivíduos durante a feira mundial Expo 2015, que vai de 1º de maio a 31 de outubro, em Milão, no norte da Itália.
O papa Francisco pediu ontem aos casais que passam por problemas que não encerrem o dia "sem fazer as pazes". A orientação foi dada na paróquia de São Miguel Arcanjo, na zona operária de Tiburtina, periferia de Roma, onde o pontífice conversou com doentes e pessoas sem lar, além de crianças e jovens que recebem aulas de catequese.
Ali, Francisco visitou doentes e conversou com pessoas sem-teto que recebem diariamente a assistência da Comunidade de São Egídio.
Com os alunos de catequese, ele tirou algumas fotos e lhes deu alguns conselhos. Foi assim que, em resposta à pergunta de uma das crianças, o bispo de Roma falou sobre conflitos, tanto entre países quanto dentro dos lares. O papa recorreu ao tema da guerra para frisar que, no mundo atual, "há (guerras) na Ucrânia e na África porque há ódio.
"E quem semeia o ódio? Jesus? Não, Jesus semeia a paz, o amor. Quando sentirem no coração ódio, ciúmes ou inveja, fiquem atentos porque isso provém do diabo", orientou o papa.
Francisco também deu algumas recomendações aos pais das crianças, aos quais pediu que nunca terminem "o dia sem fazer as pazes". "Em um casamento o rancor é uma coisa feia. Nunca termine o dia sem fazer as pazes, pelo menos com um gesto", disse.
Favela italiana
No caminho da periferia, o papa mudou a rota prevista para conhecer uma favela onde os moradores são em sua maioria imigrantes do Peru e do Equador. "Ele saiu do carro, e as pessoas ficaram chocada quando o viram", disse o padre Aristide Sana, pastor da paróquia de Tiburtina.
"Quantos de vocês falam espanhol?", perguntou o papa em espanhol. "Todos! Todos!", afirmaram.
Segundo Sana, vivem nessa comunidade cerca de 150 pessoas, incluindo também gente proveniente da Rússia, Eritreia, Ucrânia e Polônia.
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