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Papa Francisco beija o Menino Jesus durante celebração no Vaticano: pedidos pelos cubanos. | Alessandro Bianchi/Reuters
Papa Francisco beija o Menino Jesus durante celebração no Vaticano: pedidos pelos cubanos.| Foto: Alessandro Bianchi/Reuters

Depois do tradicional discurso do Angelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco fez um apelo neste domingo (27) pela generosidade com os imigrantes cubanos que “se encontram em dificuldades na América Central”. No centro de um conflito diplomático entre Nicarágua e Costa Rica, muitos cubanos são vítimas de traficantes, ressaltou o pontífice, que pediu aos governos da região que encontrem solução para o drama humanitário.

“Meu pensamento se volta neste momento aos vários imigrantes cubanos em dificuldade na América Central, muitos dos quais são vítimas de tráfico de pessoas”, disse Francisco. “Peço aos países da região que redobrem, com generosidade, todos os esforços necessário para encontrar uma solução rápida a este drama humano”.

Milhares de cidadãos deixaram nos últimos meses a ilha com medo de que a retomada dos laços diplomáticos com os EUA poderia acabar com os privilégios especiais de imigrantes em solo americano. Desde novembro, cerca de oito mil cubanos ficaram retidos na Costa Rica, após a Nicarágua começar a rejeitar a entrada dos que tentam chegar aos Estados Unidos através da América Central e do México.

Na semana passada, o governo nicaraguense propôs que os EUA organizem voos para levar os imigrantes diretamente da Costa Rica para solo americano. Já o governo costarriquenho tenta convencer tanto Belize quanto a Guatemala a darem passagem para que os cubanos cheguem ao México.

A estimativa das autoridades é que quase cinco mil migrantes cubanos estejam atualmente retidos em campos de refugiados na Costa Rica, alguns à mercê de redes de tráfico de seres humanos. Muito deles passaram o Natal nos abrigos.

Último domingo do ano

Mais cedo, o papa pediu às famílias cristãs que exerçam o perdão. A mensagem foi feita na tradicional missa da festa da Sagrada Família celebrada na Basílica de São Pedro.

“Que neste ano da Misericórdia, cada família cristã possa ser um lugar privilegiado de peregrinação na qual se experimenta a alegria. O sieo da da família é o lugar onde somos educados para perdoar, porque se tem a certeza de ser compreendido e apoiado apesar dos erros que podem ser cometidos”, disse Francisco.

A celebração, a última de grande importância em 2015, ocorreu sob fortes medidas de segurança por parte das autoridades italianas, que multiplicaram os controles das intermediações da Praça São Pedro.

Há dois dias, em sua mensagem de Natal, o pontífice expressou apoio aos esforços de paz na Síria e na Líbia, ao mesmo tempo em que pediu bênçãos para as pessoas e Estados que recebem imigrantes. Francisco também condenou os “atos terroristas atrozes” dos últimos meses e pediu acordos internacionais para “calar o barulho das armas na Síria”.

No discurso natalino, a paz foi uma das palavras mais repetidas, depois de um ano marcado pela ameaça jihadista. “Onde nasce Deus, nasce a paz. E donde nasce a paz, não há lugar para o ódio, nem para a guerra. No entanto, justamente onde o Filho de Deus veio ao mundo, continuam as tensões e as violências, e a paz fica como um dom que se deve pedir e construir”, disse o papa.

Francisco se referia à cidade de Belém, na Cisjordânia, onde segundo a tradição cristã a Virgem Maria deu à luz Jesus.

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