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Autoridades paquistanesas lançaram "a última advertência" a um clérigo islâmico e seus aliados combatentes que estão abrigados em uma mesquita de Islamabad, em meio a especulações de que um ataque de larga escala contra eles pelas forças de segurança do país seja iminente.

Soldados cercaram a Lal Masjid, ou Mesquita Vermelha, em Islamabad desde terça-feira, quando explodiram os confrontos entre estudantes radicais armados e forças de segurança, depois de meses de tensão.

O número de mortos com o conflito subiu para pelo menos 21 pessoas no domingo, quando um soldado foi morto ao liderar uma tropa que tentava explodir uma parece de uma escola religiosa feminina, ou madrasa, para permitir a fuga de mulheres e crianças.

"Este é o ultimo aviso para que se rendam", disseram as autoridades em alto-falantes em frente à mesquita, segundo um morador do local.

O presidente Pervez Musharraf deu aos militantes um ultimato, "rendam-se ou morram", no sábado. Ele se encontrou com altas autoridades de segurança na noite de domingo.

"A última rodada começou. Há uma possibilidade", disse uma autoridade do governo sobre um ataque iminente.

O religioso rebelde Abdul Rashid Ghazi recusou a rendição, dizendo que ele e seus seguidores preferem o "martírio." Em uma declaração publicada nos jornais de domingo, o religioso disse que ele e seus aliados esperam que suas mortes gerem uma revolução.

"Temos a firme crença em Deus de que nosso sangue vai levar a uma revolução", escreveu Ghazi.

Autoridades do governo e das Forças Armadas disseram que o sacerdote tem entre 50 e 60 rebeledes com ele - alguns ligados à Al Qaeda - na liderança, e centenas de mulheres e crianças que ele está usando como escudos humanos.

Ghazi nega que esteja usando escudos humanos. O ministro do Interior Aftab Ahmed Sherpao disse que os militantes atiraram e feriram três alunas que tentaram escapar no domingo. Houve ruído de tiros durante o dia.

O movimento de inspiração Taliban de Ghazi reflete uma tendência militante que vem crescendo em cidades de regiões tribais na fronteira com o Afeganistão.

O ministro de Assuntos Religiosos Mohammad Ejaz-ul-Haq disse em entrevista à imprensa que os rebeldes de Lal Masjid incluem militantes procurados no Paquistão e exterior. Acredita-se que alguns militantes estrangeiros estejam tomando parte na ação, disse ele.

Ghazi afirma ter cerca de 2.000 seguidores com ele. O ministro disse que o número deve estar entre 200 e 300.

Lal Masjid é um celeiro de militância há anos, conhecida pelo seu apoio ao Taliban afegão e oposição à campanha antiterrorismo comandada pelos Estados Unidos e apoiada por Musharraf.

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