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A polícia paquistanesa frustrou um plano de explodir prédios governamentais e um restaurante no enclave diplomático da capital Islamabad que é frequentado por estrangeiros, anunciou nesta segunda-feira um representante da polícia.

Bani Amin Khan, o chefe interino de polícia de Islamabad, disse em coletiva de imprensa que militantes ligados a Qari Hussain, conhecido como o "mentor dos homens-bomba" do Taliban, foram detidos antes de conseguirem atacar o hotel Serena e o restaurante French Club, situados na fortemente protegida zona diplomática da cidade.

Insurgentes do Taliban já atacaram alvos ocidentais em ocasiões anteriores, numa tentativa de desestabilizar o governo do presidente Asif Ali Zardari, apoiado pelos EUA, como parte de uma campanha violenta que vem mantendo investidores estrangeiros à distância.

Um suposto militante trajando capuz preto foi colocado ao lado dos policiais e disse na coletiva de imprensa que ajudou a lançar os ataques suicidas do ano passado contra o Programa Mundial de Alimentos da ONU e perto do Complexo Naval do Paquistão na capital.

"Participei do planejamento. Forneci logística e coletes de suicida aos homens-bomba, e, em troca, o Taliban me pagou", disse o homem, afirmando ser um ex-soldado paramilitar e chamar-se Noor Jahan.

A polícia disse que prendeu dois militantes, Noor Jahan e um segundo homem, Rehmat Gul, e apreendeu um colete de explosivos e uma pistola que estavam com eles.

De acordo com a polícia, os militantes pretendiam atacar prédios governamentais em 23 de março, o Dia Nacional do Paquistão. Os alvos incluíam um tribunal e um escritório de telecomunicações.

Apesar de grandes ofensivas de segurança que esmagaram seus redutos e de uma campanha de aviões não tripulados americanos que mataram líderes militantes, os combatentes do Taliban, apoiado pela Al Qaeda, vêm conseguindo lançar ataques suicidas em todo o país.

No ataque lançado em outubro de 2009 contra um escritório do Programa Mundial de Alimentos da ONU, um homem-bomba trajando uniforme de soldado paramilitar atacou o escritório, matando cinco funcionários.

Em junho do mesmo ano, dois funcionários estrangeiros da ONU foram mortos em um ataque com um carro-bomba contra um hotel na cidade de Peshawar, no noroeste do país.

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