
São Paulo - O governo do Paquistão autorizou ontem uma ofensiva com mais de 30 mil soldados, que foram enviados a um importante reduto da rede terrorista Al-Qaeda e dos fundamentalistas talebans na fronteira com o Afeganistão. A decisão foi precipitada pela onda de terror e violência que matou quase 200 pessoas no país em menos de duas semanas.
A ofensiva no Waziristão do Sul se soma a meses de ataques aéreos paquistaneses destinados a enfraquecer as defesas dos militantes dos talebans. A ação vem causando a fuga de dezenas de milhares de civis da região. A operação em larga escala também vem após 15 dias de ataques atribuídos ao taleban em várias partes do Paquistão, um aliado do ocidente que tem armas nucleares e enfrenta uma luta cada vez mais dura contra os militantes islâmicos radicais.
A decisão autorizando a ofensiva foi tomada em uma reunião realizada na última sexta-feira na casa do primeiro-ministro paquistanês, Yousef Raza Guilani, na qual o chefe do Exército, Ashfaq Pervez Kiyani, falou da situação de segurança no país perante os líderes dos principais partidos políticos e vários ministros.
"Existiu um amplo consenso entre os participantes sobre a necessidade de atuar no Waziristão do Sul após a onda de ataques terroristas que está sofrendo o país", acrescentou Jabab.
Esta é a quarta tentativa do Paquistão desde 2001 para expulsar os talebans da região tribal fora do controle do governo do Waziristão do Sul. As três tentativas anteriores terminaram em tréguas negociadas que deixaram a região além do controle do governo.



