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A escalada da hostilidade entre Estados Unidos e Paquistão, depois da operação militar que resultou na morte do saudita Osama bin Laden em Abbottabad, transformou-se em uma queda de braço entre os dois países, travada, em grande parte, nas páginas dos jornais paquistaneses. O ministro interino de Relações Exteriores, Salman Bashir, disse ontem que os EUA devem "parar de mandar recados ao Paquistão pela imprensa".

"Se os EUA quiserem a cooperação do Paquistão, terão de parar de mandar mensagens pela mídia e contactar o governo diretamente", disse Bashir. O ministro reafirmou que "a luta contra o terrorismo é do interesse do Paquistão", tanto quanto dos EUA. Bashir defendeu-se da acusação de que seu governo teria negado acesso dos EUA às viúvas de Bin Laden, encontradas no complexo onde o saudita foi morto.

Segundo ele, o governo paquistanês "não recebeu nenhum pedido formal dos EUA para ter acesso aos parentes de Osama bin Laden". Além das viúvas, os filhos de Bin Laden também estariam sob custódia. O futuro das 15 pessoas que estavam com o saudita na casa e agora estão sob custódia do Paquistão ainda é incerto.

Resistência

Os EUA mantiveram uma brigada a postos para intervir caso a missão dos Seals enfrentasse resistência das forças de segurança do Paquistão durante a operação para matar Osama bin Laden. As informações divulgadas pela imprensa americana acrescentam que os americanos preferiram agir desta forma a informar as autoridades de Islamabad, em um claro sinal de que não confiavam na administração paquistanesa.

O plano inicial previa que dois helicópteros com tropas adicionais ficariam no Afeganistão, sendo enviados apenas em caso de necessidade. Mas a distância talvez os impedisse de chegar a tempo para socorrer os Seals se houvesse confronto. O presidente Barack Obama decidiu, ao levar isso em consideração, que seria melhor enviar os aparelhos com os Black Hawks com os Seals. Eles ficaram dentro do Paquistão, mas não exatamente na cidade de Abbottabad.

Graças à decisão, quando um dos Black Hawks caiu, os Seals puderam ser resgatados. De acordo com o jornal The New York Times, especialistas em direito e em questões islâmicas também serviram na retaguarda para ajudar nos procedimentos posteriores à morte do líder da Al-Qaeda.

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