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As autoridades paquistanesas tentaram restabelecer um clima de normalidade ontem diante das inúmeras dúvidas que ainda pairam sobre a operação americana que resultou na morte de Osama bin Laden em Abbottabad, a pouco mais de 100 km de Islamabad. O governo do Paquistão continuou negando qualquer conhecimento prévio sobre a ação militar.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse que a operação comandada pelos Estados Unidos causou grande preocupação por ter sido conduzida "sem autorização prévia" do governo paquistanês. A imprensa local e a população não aceitaram facilmente a declaração oficial do governo. Os paquistaneses perguntavam-se como helicópteros militares americanos podem ter conseguido furar a segurança e entrar no espaço aéreo de um país altamente militarizado como o Paquistão.

Os EUA não têm tropas no Paquistão. As operações americanas de combate ao terrorismo em solo paquistanês eram realizadas com aviões militares não tripulados. A forma como a operação de caça a Bin Laden foi realizada pelas forças especiais americanas, dessa vez, foi "excepcional e inesperada", na avaliação do embaixador do Brasil em Islamabad, Alfredo Leoni.

"Para o governo do Paquistão a operação americana foi um constrangimento grande", disse o embaixador. Para Leoni, a principal surpresa foi o fato de Bin Laden ter sido encontrado em uma casa perto de uma academia militar. "Abbottabad é uma cidade com forte presença militar. O fato de Bin Laden estar dentro do Paquistão já seria surpresa. No máximo, acreditava-se que ele estaria escondido nas montanhas da fronteira com o Afeganistão."

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