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O Paquistão começará a vigiar sete grandes portais de internet, entre eles o Google, em busca de textos anti-islâmicos. Também serão bloqueados 17 sites de internet menos conhecidos pelo fato de seus conteúdos serem considerados ofensivos ao Islã.

A decisão do governo vem à tona depois de uma proibição temporária ao Facebook, em maio, que recebeu tanto elogios quanto críticas em um país que se discute a qual corrente do Islã seguir.

Khurram Mehran, porta-voz da Autoridade de Telecomunicações do Paquistão, disse que os portais a serem monitorados são Yahoo, Google, MSN, Hotmail, YouTube, Amazon e Bing. Todo o conteúdo que for considerado blasfêmia será bloqueado, afirmou.

A decisão de monitorar os sites foi tomada três dias depois que um tribunal de Bahawalpur ordenou ao governo bloquear o YouTube e outros oito sites em resposta a uma petição que argumentava que estariam mostrando material "contra os princípios fundamentais do Islã".

A próxima audiência do caso está programada para segunda-feira. É a segunda vez em um mês que o Paquistão impõe restrições à Internet.

No mês passado, autoridades paquistanesas, em resposta a uma decisão judicial, bloquearam a rede social Facebook, o YouTube e outras páginas por quase duas semanas em meio à polêmica de que incentivavam usuários a postar imagens do profeta Maomé.

Qualquer representação do profeta Maomé é considerada anti-Islã e é uma blasfêmia para os muçulmanos, que são maioria no Paquistão.

O tema é polêmico no país. Em 2006, cinco pessoas morreram em protestos após a publicação de caricaturas consideradas blasfemas pelos muçulmanos em jornais dinamarqueses um ano antes.

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