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Presidente americano se disse “convencido” de que russo já tomou decisão e que ordenará ataque a Kiev nos próximos dias
Presidente americano se disse “convencido” de que russo já tomou decisão e que ordenará ataque a Kiev nos próximos dias| Foto: EFE/EPA/Oliver Contreras

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (18) estar convencido de que o mandatário russo, Vladimir Putin, vai atacar a Ucrânia e que já tomou essa decisão.

“Neste momento, estou convencido de que ele já tomou uma decisão”, disse Biden em entrevista coletiva na Casa Branca, quando perguntado se acredita que o presidente russo já tomou uma decisão sobre o assunto.

O mandatário americano descartou que Putin cogite “mesmo remotamente” usar armas nucleares, embora tenha enfatizado que está focado em “tentar convencer o mundo de que tem a capacidade de mudar a dinâmica na Europa”.

Ele lembrou que atualmente soldados russos cercam a Ucrânia de diferentes partes da fronteira comum e de Belarus.

“Acreditamos que as forças russas estão planejando atacar a Ucrânia na próxima semana, nos próximos dias. Acreditamos que atacarão a capital da Ucrânia, Kiev, uma cidade de 2,8 milhões de pessoas inocentes”, disse.

Questionado se o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deveria deixar seu país no caso de uma invasão russa, Biden disse que “pode ser uma escolha sábia”.

Por isso, ele justificou que os EUA estão dando conta dos supostos planos de Moscou: “Não porque queremos um conflito, mas porque vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para eliminar a razão que a Rússia pode usar para invadir a Ucrânia e impedi-los de se mover”.

Nesse sentido, insistiu que a Rússia procura criar um pretexto e recorre à desinformação para justificar um ataque ao país vizinho.

Biden advertiu que, se a Rússia finalmente invadir o território ucraniano, será “responsável” por uma guerra “desnecessária e catastrófica” que escolheu realizar.

Ao longo de seu discurso, o presidente americano enfatizou a “unidade” entre os EUA e seus aliados contra a Rússia e ameaçou, mais uma vez, impor sanções a Moscou em caso de ataque à Ucrânia.

No entanto, Biden deixou a porta aberta para a diplomacia, já que, em sua opinião, “não é tarde demais para desescalar e voltar à mesa de negociações”.

Mais cedo, os Estados Unidos haviam culpado a Rússia pelos ciberataques que a Ucrânia sofreu nesta semana e que afetaram particularmente bancos e o Ministério da Defesa do país.

“Acreditamos que o governo russo é responsável pelos ciberataques generalizados aos bancos ucranianos”, disse Anne Neuberger, vice-assessora de Segurança Nacional da Casa Branca para Cibersegurança e Tecnologias Emergentes, em entrevista coletiva.

Neuberger advertiu que a Casa Branca tem “informações técnicas” ligando estes ataques à agência de inteligência militar russa GRU.

Os EUA afirmam ter detectado grandes volumes de comunicação a partir da GRU rumo à Ucrânia, o que foi observado através da análise de domínios de internet e endereços IP.

A Ucrânia sofreu o maior ataque DDoS (negação de serviço) de sua história no último dia 15, afetando o Ministério da Defesa, as Forças Armadas e as principais instituições financeiras ucranianas.

Embora admitindo que estas ofensivas tiveram um “impacto limitado”, Neuberger advertiu que a Rússia poderia ter usado a “onda de ataques” para penetrar em sistemas cibernéticos e lançar as bases para um ataque mais perturbador no futuro, acompanhado por uma invasão terrestre.

“A rapidez com que atribuímos o ataque é muito incomum, mas o fizemos porque precisamos chamar a atenção rapidamente para este comportamento”, disse Neuberger.

Ela também explicou que os EUA têm feito preparativos desde novembro para lidar com qualquer ataque cibernético e garantiu que Washington “intensificou” seu apoio ao governo ucraniano.

Os sites do governo da Ucrânia já havia sofrido um ataque cibernético em larga escala em janeiro, em meio às tensões militares, políticas e diplomáticas com a Rússia.

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