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Latões foram utilizados por rebeldes para impedir a passagem de policiais | Hamad I Mohammed/Reuters
Latões foram utilizados por rebeldes para impedir a passagem de policiais| Foto: Hamad I Mohammed/Reuters

São Paulo - O rei do Bahrein, Hamad bin Isa al Khalifa, declarou ontem estado de emergência, em mais uma tentativa de seu governo de controlar uma revolta liderada pela maioria xiita.

A ação ocorre um dia depois de a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos terem enviado tropas ao reino para ajudar a acabar com o tumulto. O estado de emergência de três meses dá total poder às forças de segurança bareinitas, que são dominadas pela elite sunita.

O monarca ordenou ao comando das Forças de Defesa a adotar "as medidas necessárias para aplicar" o decreto de estado de emergência em todo o território do país, de apenas 760 quilômetros quadrados. Os militares poderão recorrer às forças de segurança, à Guarda Nacional "e a outras forças se for necessário", para aplicar a medida.

O decreto, que foi divulgado pela agência oficial BNA, lamenta que os distúrbios registrados no Bahrein tenham afetado a vida e os bens dos bareinitas e sustenta que os hospitais se transformaram "em focos de terror e intimidação".

Após conhecer a decisão, a oposição, que luta desde 14 de fevereiro exigindo profundas reformas políticas, pediu à comunidade internacional que condene o estado de emergência decretado.

A principal confederação sindical e os sete partidos mais importantes da oposição criticaram "a grave escalada de segurança e a opção militar para resolver a crise política que o próprio regime causou". "Os assassinatos e a escalada de segurança destruíram o princípio do diálogo e deixaram o país à mercê do Exército local e externo", acrescentou a declaração.

O decreto de emergência foi recebido com novos protestos nas ruas de Manama e em outras cidades do país.

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