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La Paz – A Bolívia elege amanhã 255 legisladores para a elaboração de sua 20.ª Constituição e realiza um plebiscito para decidir se a Carta deve conceder ou não mais autonomia aos departamentos (estados). O presidente boliviano, Evo Morales, que defende a revisão constitucional como um pano de fundo para seus projetos e não vê com bons olhos a concessão de mais autonomia a Santa Cruz, a região mais rica do país, disse que, se os bolivianos elegerem seus opositores, estarão condenado o país a um retrocesso.

As medidas tomadas recentemente, no primeiro ano de mandato de Morales, como a nacionalização dos hidrocarbonetos e o plano reforma agrária, só serão definitivas se forem levadas a nível constitucional, afirmou Morales, ao concluir sua campanha para a assembléia e para um plebiscito sobre a descentralização, em Cochabamba. "Preciso de apoio, preciso de vocês, preciso do povo para enfrentar as provocações e as agressões."

Apesar de afirmar que confiava na vitória dos governistas, o presidente convocou seus seguidores a "redobrarem os esforços" a fim de que a assembléia constituinte faça da empobrecida Bolívia um novo país, um país dirigido por "seus verdadeiros donos, a população nativa". "As multinacionais não estão dormindo, a burguesia vencida pela vocação democrática do povo se reorganiza para nos fazer retroceder", acrescentou.

O presidente boliviano defendeu novamente o "não" para a autonomia e voltou a prometer que esse tema será resolvido pela Assembléia Constituinte "olhando não apenas para os nove departamentos, mas também para os territórios indígenas". A assembléia encarregada de elaborar a nova Constituição da Bolívia deve começar a trabalhar a partir de agosto na cidade de Sucre, durante um ano, segundo prevê a lei convocatória.

Morales previu ampla vitória do seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS). A votação de amanhã terá 3,7 milhões de eleitores.

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