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A guerra de nove anos no Afeganistão alcançou um estágio crítico, disse neste domingo (4) o general norte-americano David Petraeus, ao assumir formalmente o comando dos 150 mil homens que lutam contra a crescente insurgência do Taliban.

"Estamos no meio de uma luta dura. Depois de anos de guerra chegamos a um momento crítico", disse Petraeus a convidados, durante a cerimônia de troca de comando, na base da missão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Cabul.

"Todos sabemos da ameaça que o Taliban, que a al Qaeda e outros grupos associados de extremistas representam para este país, para esta região e para o mundo", afirmou o general. "Nós estamos nisso para ganhar."

Petraeus foi apontado na semana passada para liderar todas as forças estrangeiras no Afeganistão, depois que o seu antecessor, o general Stanley McChrystal, foi afastado por comentários ofensivos que ele e seus assessores fizeram sobre o governo norte-americano a uma revista.

A mudança de comando se dá no momento de maior força do Taliban desde que foi derrubado do governo afegão em 2001.

Petraeus, com uniforme de camuflagem, falando perto de uma coluna de mármore que homenageia soldados mortos, afirmou a militares e autoridades que a sua nomeação significa uma troca de comando, e não de estratégia.

Apesar do mês passado ter sido o mais sangrento até agora para as tropas internacionais, ele disse que houve ganhos. "Nada tem sido fácil no Afeganistão. No entanto, podemos nos animar com o progresso que tem sido feito na área de segurança e além."

"Devemos demonstrar para as pessoas do Afeganistão e do mundo que a al Qaeda e sua rede de aliados extremistas não irão mais uma vez estabelecer refúgios no Afeganistão," afirmou Petraeus. Ele pediu a união entre governo e tropas internacionais.

A segurança da cerimônia contou com atiradores nos telhados, e comandantes militares chegaram em comboio de helicópteros. O ato coincidiu com o dia em que os norte-americanos comemoram a sua Independência.

A indicação do general pode ser a última cartada de Washington para terminar com um conflito cada vez mais custoso, que afeta os orçamentos de países do Ocidente, em meio a uma recessão global.

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