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Para Barack Obama, se não fossem as ameaças de intervenção militar americana, não haveria o acordo sobre armas químicas da Síria | REUTERS/Kevin Lamarque
Para Barack Obama, se não fossem as ameaças de intervenção militar americana, não haveria o acordo sobre armas químicas da Síria| Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se mostrou nesta sexta-feira "esperançoso" com o acordo fechado na quinta-feira para aprovar uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre o uso de armas químicas na Síria, ao considerar que pode representar uma "vitória enorme" para a comunidade internacional.

Em declarações aos jornalistas após receber na Casa Branca o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, Obama assegurou que o acordo feito entre EUA e Rússia para desbloquear as negociações no CS é algo que seu Governo "buscava há muito tempo".

"O fato de se ter alcançado um marco que será votado, que será legalmente vinculativo, viável, executável, e que dispõe de consequências em caso de descumprimento (por parte do regime de Bashar al Assad) é uma vitória potencialmente enorme para a comunidade internacional", assegurou Obama.

O presidente americano considerou "duvidoso" que se pudesse haver chegado "a este ponto se não tivesse sido por uma ameaça crível de ação (militar) dos EUA." após o ataque com armas químicas do dia 21 de agosto nos arredores de Damasco, ao quais os EUA responderam com um anúncio de ataque seletivo que finalmente não realizou.

"Sempre expressei minha preferência por resolver isto de forma diplomática, e aprecio o duro trabalho de nossos aliados internacionais" para torná-lo possível, destacou.

Obama destacou que a minuta de resolução "não só impede e previne um uso adicional de armas químicas, mas vai além para estabelecer como eliminar as armas (do país)".

Além disso, contém um "respaldo explícito ao processo de Genebra I", como é conhecida a conferência sobre a Síria realizada em junho de 2012 na cidade suíça, "para tentar enfrentar o conflito que subjuga a Síria, e a necessidade de chegar a uma transição política lá".

"Isto aponta para o que eu esperava quando falei esta semana (no plenário da Assembleia Geral) na ONU: que temos uma comunidade internacional que não só é capaz de falar, mas de tomar ações arrumadas para aplicar normas internacionais", ressaltou.

O presidente admitiu, no entanto, que há "preocupações legítimas" sobre o processo "técnico" pelo qual as armas químicas vão ser tiradas do país enquanto o conflito continua.

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