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Inspetor panamenho vistoria o navio norte-coreano Chong Chon Gang, atracado no terminal Manzanillo, na cidade de Colón | Carlos Jasso/Reuters
Inspetor panamenho vistoria o navio norte-coreano Chong Chon Gang, atracado no terminal Manzanillo, na cidade de Colón| Foto: Carlos Jasso/Reuters

Arsenal

Os equipamentos bélicos encontrados no navio norte-coreano:

• As armas - Segundo o governo cubano, navio transportava 240 toneladas de materiais bélicos para serem consertados na Coreia do Norte e enviados de volta ao país.

• Antiaéreos - Dois complexos de mísseis antiaéreos Volga e Pechora, armamentos defensivos desenvolvidos pela extinta União Soviética no início dos anos 60.

• Mísseis - Nove mísseis não especificados, desmontado em partes e peças.

• Aviões - Dois aviões Mig-21 Bis e mais 15 motores para este tipo de avião. Com sua primeira versão projetada em 1959 pela extinta União Soviética, é o segundo avião militar mais produzido após a Segunda Guerra Mundial, atrás do norte-americano C-130 Hércules. Entre os caças supersônicos, é o mais produzido.

Fonte: Folhapress

  • Açúcar cubano faz parte do carregamento do navio coreano
  • Objeto com a forma de um míssil

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu ontem que a confirmação de que um navio da Coreia do Norte apreendido no Panamá levava mísseis violaria as resoluções internacionais que impuseram sanções ao país asiático.

"O secretário-geral [da ONU, Ban Ki-moon] está a par do ocorrido e depende do comitê de sanções sobre a Coreia do Norte, do Conselho de Segurança, se pronunciar sobre o tema", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, também afirmou que, se confir­­mado o transporte de armas, teria sido violado o regime de sanções à Coreia do Norte. "Claramente os fatos ainda precisam ser estabelecidos", afirmou Grant. "Mas, diante disso, a transferência dessas armas para a Coreia do Norte seria uma violação ao regime de sanções", disse seguiu. "Portanto, há perguntas a serem respondidas e que precisam ser acompanhadas."

Panamá

O governo do Panamá anun­­ciou que deseja que es­­pe­­cialistas da ONU, EUA e Reino Unido "avaliem a enorme quantidade de armamento" encontrada no navio norte-coreano vindo de Cuba. Washington já concordou em ajudar os técnicos panamenhos.

Na noite de terça-feira, Cuba lançou nota dizendo que as armas eram suas. Segundo o governo cubano, elas seguiam para reparo e posterior devolução à ilha.

"No navio citado são transportadas 240 toneladas de armamento defensivo obsoleto – duas baterias de mísseis antiaéreos Volga e Pechora, nove mísseis em partes, dois aviões Mig-21 Bis e 15 turbinas desse tipo de aparelho –, tudo fabricado em meados do século passado, para ser reparado e devolvido ao nosso país", afirmou a chancelaria cubana.

"Os acordos firmados por Cuba (...) sustentam-se na necessidade de manter nossa capacidade defensiva para preservar a soberania nacional", acrescentou a nota.

Já a Coreia do Norte disse ontem que se trata de um "contrato legítimo" com Cuba e exigiu a libertação dos tripulantes do navio, detidos no Panamá.

"As autoridades do Pa­­namá deveriam liberar a tri­­pulação detida e deixar [o barco] partir o quanto antes", disse Pyongyang.

O embargo da ONU à Co­­reia do Norte abrange todas as exportações e a maioria das importações de armamento, com exceção de pequenas armas e de armamento leve. Mas para exportar armas de pequeno porte à Coreia do Norte os países têm de notificar com antecedência o comitê da ONU para as sanções aos norte-coreanos.

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