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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (15) que para a Organização das Nações Unidas (ONU) voltar ser respeitada, é preciso ampliar as vagas permanentes de países membros do Conselho de Segurança. Nesta quinta, o Brasil foi eleito para a vaga rotativa do conselho.

"Se a ONU quiser voltar a ter representatividade, tomar as decisões e essas decisões serem executadas, ela tem que reformar o conselho e colocar outros países", disse o presidente, durante visita à obra de transposição do Rio São Francisco, em Pernambuco.

Lula citou o golpe de Estado em Honduras e as tentativas de intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA) como exemplos da perda de poder político da ONU. "Em Honduras, o que a OEA fez? Fez as reuniões, tomou as decisões, e simplesmente os golpistas não atenderam nada. Se tivesse maior representatividade política, a ONU decidiria e os países cumpririam", disse.

O presidente usou uma metáfora para mostrar a situação do atual Conselho de Segurança da ONU, comparando-o a uma fruta madura. "Eu estou convencido de que esse negócio do conselho permanente da ONU está igual a uma fruta madura. Quer dizer, ela já está passando do ponto, daqui a pouco ela cai, e se os dirigentes da ONU, sobretudo os países que mandam no conselho, não aceitarem a reforma eles serão responsáveis pela fragilidade da ONU", afirmou ele.

Lula defendeu ainda que a questão do Oriente Médio e o conflito entre palestinos e judeus não podem ter como principal mediar os Estados Unidos. "A questão do Oriente Médio não pode ser um problema particular dos Estados Unidos. Quem deveria resolver o conflito entre judeus e palestinos é a ONU", defendeu o presidente.

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