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O paradeiro do presidente deposto do Egito, Mohammed Mursi, continua desconhecido de forma oficial, mas uma fonte da Irmandade Muçulmana disse nesta quinta-feira (4) que ele foi separado de sua equipe presidencial e levado para o Ministério da Defesa.

Os militares e a polícia começaram as prisões de altos cargos da Irmandade, segundo denúncias da própria organização islâmica.

Gihad Haddad, um porta-voz da Irmandade Muçulmana, escreveu em sua conta no Facebook que Mursi tinha sido transferido para o Ministério da Defesa e se separado de sua equipe, sem oferecer mais detalhes.

As forças de segurança começaram ontem à noite a prender dirigentes da Irmandade Muçulmana, como o presidente do braço político do grupo, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), Saad Katatni.

Também foi preso o guia espiritual da Irmandade, Mohammed Rachad Bayumi, que, segundo a agência oficial "Mena", foi levado junto com Katatni para as prisões da região de Tora, nos arredores do Cairo.

Os policiais continuam a perseguição de outros dirigentes da Irmandade Muçulmana acusados de incitação à violência e de ameaçarem a paz e a segurança pública, segundo a Mena.

Por outro lado, o vice-presidente do PLJ, Esam al Arian, disse hoje no Twitter que estas são as consequências previsíveis de um golpe militar contra o primeiro regime árabe democrático.

"A ferocidade das Forças de Segurança aumentará e o (Ministério do) Interior vai impor seu punho", comentou Arian.

As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohammed Mursi, eleito há um ano, e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.

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