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O governo do Paraguai busca encontrar os responsáveis por traficar o maior carregamento de cocaína apreendido na história do país, disse nesta quarta-feira o ministro do Interior. Ele acrescentou que a droga tinha origem na Colômbia ou na Bolívia e iria para o sul da África.

O carregamento com 875 quilos encontrado em um porto privado próximo de Assunção estava escondido em sacos de arroz e está avaliado em 130 a 200 milhões de dólares no seu local de destino, disse o ministro Rafael Filizzola, em entrevista por telefone à Reuters.

O Paraguai é um dos principais produtores de maconha na região com 6 mil hectares de cultivo e calcula-se que pelo país são transportados 70 toneladas de cocaína por ano vinda principalmente da Bolívia.

'Estamos falando de uma organização internacional. Neste momento está se fazendo uma investigação completa para chegar aos responsáveis pela carga. Há algumas pessoas detidas, mas são os elos mais baixos da quadrilha', disse Filizzola.

A polícia disse que quem figurava como responsável pela carga, um despachante aduaneiro do interior do país, já estava sob investigação. Foi encontrada cocaína em outros carregamentos da sua agência, destinados à Espanha. Um funcionário dele foi preso durante a operação.

'A nossa unidade de inteligência trabalha de maneira permanente com agências de outros países. Não quero entrar em detalhes, mas neste caso, os investigadores acreditam que a droga veio da Colômbia ou da Bolívia pelas suas características', explicou o ministro.

Filizzola disse que carregamentos de cocaína oriundos do Paraguai foram encontrados em países da Europa e da Ásia, e agora chegaria ao sul da África, onde teria preços atraentes.

Na operação encabeçada pela polícia paraguaia participaram policiais da agência antidrogas dos EUA, de acordo com a imprensa local. Filizzola frisou que o Paraguai trabalha com a organização na troca de informações e para inteligência.

A droga chegou até o porto privado Fênix por via terrestre da Cidade do Leste, na fronteira com o Brasil e a Argentina. Antes disso, a droga deve ter vindo pelo Chaco paraguaio, norte do país, na fronteira com a Bolívia.

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