Uma força-tarefa formada pelo Ministério Público do Paraguai e policiais do grupo antissequestro prendeu na madrugada de ontem quatro suspeitos de ligação com o Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo armado acusado de explodir bombas e praticar sequestros no país. A operação foi desencadeada em uma área situada entre os estados de Caagazú e Canindeyú.
Entre os detidos estão uma jovem de 19 anos e um homem de 75. Todos eles são parentes de Nímio Cardoso e Gabriel Zarete, procurados pela polícia paraguaia sob acusação de envolvimento no sequestro do fazendeiro Fidel Zavala, libertado em janeiro deste ano após 94 dias de cárcere. Os policiais também buscavam Alcides Mereles, conhecido como Presi, outro suposto membro de EPP.
Durante a operação, foram vasculhadas residências e apreendidos documentos, chips de telefones celulares e fotografias que podem contribuir para as investigações. A polícia suspeita que a área estava sendo usada como esconderijo e campo de treinamento do grupo.
O procedimento teve a participação dos promotores antissequestro Sandra Quiñónez, Francisco Avala, Federico Delfino e Guilhermo Ortega.
Refugiados no Brasil
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai ainda aguarda parecer do Brasil para repatriação dos três paraguaios procurados pelo governo do presidente Fernando Lugo. Juan Arrom, Anuncio Martí e Victor Colmán estariam no Paraná e teriam ligações com o EPP. Eles receberam refúgio do Brasil há cerca de quatro anos, após alegarem terem sido torturados durante investigação do sequestro de Maria Edith Bordon, esposa de um empresário paraguaio. O governo paraguaio alega ter provas de que os três têm participação em crimes cometidos no país e espera contribuição do Brasil para tê-los de volta no país e julgá-los.
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