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Líderes do Mercosul durante a reunião de cúpula do bloco | UESLEI MARCELINO/REUTERS
Líderes do Mercosul durante a reunião de cúpula do bloco| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O chefe de Estado do Paraguai, Horacio Cartes, recebeu nesta sexta-feira (17) a presidência temporária do Mercosul das mãos da presidente Dilma Rousseff, um gesto com o qual se fechou a cúpula semestral do bloco, que aconteceu em Brasília.

“Sinto-me muito honrado em assumir a presidência temporária em representação do Paraguai”, declarou Cartes, que reafirmou seu “compromisso com os princípios que inspiraram a criação do bloco” e garantiu que conduzirá o Mercosul durante os próximos seis meses com “a maior responsabilidade”.

Mercosul assina protocolo para adesão da Bolívia como membro pleno

Chanceleres dos países-membros do Mercosul assinaram acordos de adesão da Bolívia ao bloco, como integrante pleno do Mercosul, e de Suriname e Guiana, como associados.

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Ao receber o martelo artesanal de madeira que simboliza a presidência do Mercosul, Cartes comentou que pedirá aos países do bloco que proponham metas “realizáveis” e que “as concretizem o mais rápido possível”.

“Não há tempo a perder, temos que fazer agora”, frisou o chefe de Estado paraguaio.

Cartes ressaltou que o Paraguai propõe um Mercosul “sem impedimentos no comércio” entre seus membros, mas detalhou que para isso é necessário o apoio político dos governos.

O Paraguai assumiu a presidência temporária do Mercosul pela primeira vez desde que foi readmitido após ser suspenso em 2012, por causa da destituição do então presidente, Fernando Lugo, vista pelo bloco como uma “ruptura” da ordem democrática.

Durante seu discurso na sessão plenária da cúpula, Cartes, assim como fizeram Uruguai e Brasil, considerou que o Mercosul deve seguir avançando em suas negociações com a União Europeia, que se arrastam há mais de 15 anos.

A cúpula, que teve como anfitriã a presidente Dilma Rousseff, também contou com a participação dos chefes de Estado de Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, Tabaré Vázquez; Venezuela, Nicolás Maduro; Bolívia, Evo Morales, e Guiana, David Granger.

Maduro e Granger levaram até o plenário da cúpula a disputa territorial que os dois países mantêm pela região conhecida como Essequibo e trocaram algumas acusações, mas sem elevar o tom.

O presidente da Guiana pediu que o Mercosul “defenda” a “integridade” do território de seu país, enquanto Maduro assegurou que o conflito é “produto de um despojo histórico que o império britânico fez contra a Pátria de Bolívar no século 19”.

Além disso, o presidente venezuelano anunciou que a Unasul convocará uma reunião para tratar desse tema em agosto.

Dentro da cúpula do Mercosul também foi assinado um novo protocolo para a entrada da Bolívia como membro pleno do bloco.

Esse protocolo já tinha sido assinado em dezembro de 2012, quando o Paraguai estava suspenso do bloco.

O documento, idêntico ao anterior, mas com data de hoje, poderá agora ser enviado pelo governo de Cartes ao Senado paraguaio para sua ratificação.

Esse trâmite também está pendente na própria Bolívia e no Brasil, mas não será necessário em Argentina, Uruguai e Venezuela, cujos parlamentos já aprovaram o primeiro dos protocolos.

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