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O presidente eleito do Para­guai, Horacio Cartes, negou que irá se reintegrar ao Mercosul em agosto. O motivo é a presidência rotativa do bloco, que está a cargo da Venezuela – o que, segundo Cartes, contraria os tratados internacionais firmados pelos sócios fundadores do Mercosul (Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai). "As características jurídicas da entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul, em julho de 2012, não respeitaram as normas legais", afirmou o presidente eleito em um comunicado divulgado após a cúpula do Mercosul em Montevidéu. "A mera passagem do tempo ou as decisões políticas subsequentes não restabelecem, por si só, o Estado de Direito. O direito internacional e nacional deve ser reconhecido, respeitado e cumprido, conforme acordado", complementou.

Na reunião, o bloco econômico decidiu que, a partir do dia 15 de agosto, quando toma posse Horacio Cartes, o país será bem-vindo em seu regresso ao bloco. "Nós o queremos de volta", disse Dilma.

O Paraguai foi suspenso em junho do ano passado após o impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que serão feitos "todos os esforços possíveis" para trazer o Paraguai de volta ao Mercosul.

Espionagem

Após o fim da cúpula do Mercosul, Dilma disse ainda que "a cooperação no combate ao terrorismo e outros crimes não é justificativa para a violação de direitos individuais de qualquer cidadão em qualquer Estado". A presidente fazia referência às denúncias de espionagem do governo dos EUA em relação ao Brasil e outros países latino-americanos. Ela disse que o bloco tomaria "medidas cabíveis" para garantir a segurança cibernética de seus cidadãos e empresas, mas que aguardaria "sem sobressaltos" as explicações pedidas ao governo americano sobre as denúncias, feitas pelo ex-agente da CIA Edward Snowden.

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