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Assunção – Milhares de funcionários públicos e militares saíram ontem às ruas no Paraguai para colaborar na luta contra a dengue, após a confirmação de mais de 1.300 casos e três mortes causadas pela doença desde o começo do ano.

Fontes do Ministério da Saúde confirmaram que aproximadamente 25 mil funcionários públicos, além de quase 3 mil militares e policiais, percorreram várias localidades do país para conscientizar a população e eliminar focos de procriação dos mosquitos "aedes aegypti", transmissores da dengue.

Nos primeiros 29 dias de 2007, cerca de 1.300 pessoas contraíram a dengue clássica e foram confirmados dez casos da variedade hemorrágica, três deles fatais, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde paraguaio.

Além disso, há 281 pessoas internadas com sintomas da doença, que atinge principalmente Assunção e localidades do departamento vizinho de Central.

A grande mobilização, que complementa a campanha nacional de luta contra a dengue iniciada em 2006, começou no início do dia, com a formação de grupos e a designação das áreas em que a operação seria realizada.

Com a participação de grande parte dos 60 mil professores paraguaios, que estão em férias de verão, e de milhares de voluntários, os grupos percorreram casas de cerca de 5.700 bairros de Assunção e de localidades do departamento de Central.

As brigadas sanitárias distribuíram aos moradores um panfleto com instruções sobre como eliminar os criadouros do mosquito transmissor e indicações para detectar os sintomas da doença.

Além das tarefas de informação, os militares e policiais colaboraram nos trabalhos de fumigação e destruição dos possíveis focos de aedes aegypti, que se reproduzem em água parada e limpa.

"O principal objetivo da operação é conscientizar as pessoas sobre a seriedade da dengue, levando em conta que três pessoas já morreram, coisa que nunca havia sido registrada no país", afirmou Gualberto Piñánez, chefe do departamento de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

O funcionário acrescentou que a morte de três das dez pessoas que tiveram dengue hemorrágica é um dado alarmante, porque a mortalidade em outros países da região não supera 2% dos doentes.

Piñánez também disse que é possível que a epidemia de dengue que se propaga desde o começo do ano no Paraguai chegue a países vizinhos. No Paraná, pelo menos cinco cidades estão na lista de risco de surto: Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá, Londrina e Paranavaí. A informação é da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa-PR).

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