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Os manifestantes estenderam faixas e protestaram em Ciudad del Este contra o que chamam de “violação da democracia e da soberania popular” no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo | Marcos Labanca/Gazeta do Povo
Os manifestantes estenderam faixas e protestaram em Ciudad del Este contra o que chamam de “violação da democracia e da soberania popular” no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo| Foto: Marcos Labanca/Gazeta do Povo
  • Os manifestantes se reuniram em frente à prefeitura de Ciudad del Este para protestar contra o impeachment de Fernando Lugo

Cerca de 100 manifestantes de diversos movimentos sociais paraguaios realizaram uma manifestação no início da tarde desta quarta-feira (27) em Ciudad del Este, no Paraguai, na fronteira com Foz do Iguaçu. Sem-teto, estudantes, líderes políticos e sem-terra protestaram contra o que chamam de "violação da democracia e da soberania popular" no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo.

Por volta das 13 horas, os manifestantes deixaram a praça em frente à prefeitura de Ciudad del Este, onde parte do grupo está reunida desde quinta-feira (21), e seguiram até a aduana da Ponte Internacional da Amizade. A intenção, segundo os organizadores, era bloquear a entrada e saída de pessoas e veículos, o que acabou sendo impedido pela Polícia Nacional. Na confusão, o trânsito chegou a ser interrompido por 15 minutos.

De acordo com os manifestantes a condução do julgamento político de Lugo teve como principal marca a inconstitucionalidade. "As acusações contra o presidente foram graves e ele teve menos de 20 horas para organizar e apresentar a defesa. Além disso, as bases políticas não foram consultadas e, o que é mais importante, a vontade popular foi solenemente desconsiderada", observou o universitário Mario Cantero.

Os integrantes da Frente de Luta pela Democracia disseram acreditar ser quase impossível a reversão da sentença proferida pelo Senado e o consequente retorno de Lugo à presidência neste momento. "Queremos mostrar que reprovamos o desrespeito à democracia paraguaia e fazer as pessoas se lembrarem do que aconteceu e que o poder para decidir os rumos do país é do povo."

Um novo protesto está programado para esta sexta-feira (29), às 9 horas.

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