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O presidente Lula e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, encontraram-se na praça central de Ponta Porã que divide a cidade do município paraguaio de Pedro Juan Caballero | Christian Rizzi / Agência de Noticias Gazeta do Povo
O presidente Lula e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, encontraram-se na praça central de Ponta Porã que divide a cidade do município paraguaio de Pedro Juan Caballero| Foto: Christian Rizzi / Agência de Noticias Gazeta do Povo

Onze bases de segurança serão instaladas nas regiões de fronteira localizadas no Brasil. O objetivo é reforçar o patrulhamento e combater o crime organizado nestes pontos. O projeto abrange os limites localizados desde o Pará até o Rio Grande do Sul. O Paraná vai receber uma das unidades policiais. No estado estão localizadas fronteiras do Brasil com o Paraguai (região Oeste) e com a Argentina (Oeste e Sudoeste).

A medida foi anunciada nesta segunda-feira no encontro realizado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente paraguaio Fernando Lugo. A reunião ocorreu em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira do Brasil com o Paraguai. A cidade tem apenas uma rua que a separa de Pedro Juan Caballero, no país vizinho. No último dia 26, o senador paraguaio Robert Acevedo sofreu um atentado. Ele teve o carro atacado e conseguiu escapar com alguns ferimentos, mas dois de seus assessores morreram.

"Temos que ter em mente que na fronteira do Brasil, nós temos muito mais gente honesta, trabalhadora e decente do que traficantes. Nós sabemos que o narcotráfico é uma organização poderosa. É uma coisa difícil", declarou o presidente Lula.

O investimento para a instalação das unidades policiais, que devem entrar em operação ainda este ano, será de R$ 56 milhões e vai ser bancado pelo Brasil. A ideia é reunir nas bases a Polícia Especializada da Fronteira, Polícia Federal e policiais estaduais. Ao todo, 46 homens devem prestar serviços nos locais.

Energia

O presidente Lula ainda anunciou a conclusão da negociação para a construção da linha de transmissão de Itaipu até Assunção, destinada à região metropolitana da capital paraguaia. O presidente informou que pediu ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que analise a possibilidade de financiar a construção da linha.

Lula afirmou que pretende voltar a Ponta Porã até setembro para acompanhar o andamento do projeto e verificar sua execução. O custo estimado da linha de transmissão é de US$ 350 a US$ 400 milhões e o objetivo é realizar a licitação até dezembro. De acordo com especialistas brasileiros, a construção da linha de transmissão não deve ter ônus para o Paraguai, pois o dinheiro utilizado virá do Fundo para Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem). "Ao Brasil, interessa a prosperidade e a estabilidade de nossos vizinhos. A sorte do Paraguai é a nossa sorte", disse Lula.

A construção da linha de transmissão seria uma medida para atenuar a demora na concretização do acordo para rever os valores dos repasses referentes à Usina Hidrelétrica de Itaipu. O assunto aguarda definição do Congresso Nacional, que não tem data para votar o acordo. A proposta, em análise, é de elevar o repasse da arrecadação anual da parte paraguaia de Itaipu de US$ 125 milhões para cerca de US$ 300 milhões.

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