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O paranaense Rodrigo Moreto Cubek chega hoje ao Brasil vindo do Paquistão, onde estava preso por ter invadido uma área exclusiva para muçulmanos na mesquita Faisal em Islamabad, a principal do país, e gritado palavras sobre a Virgem Maria. O advogado de 30 anos, funcionário do Banco do Brasil, passou seis dias na prisão, entre os dias 13 e 19 de maio.

O pai do brasileiro, Luiz Antô­­nio Cubek, já havia anunciado a liberação do filho na última quinta-feira em entrevista ao site G1- Paraná, mas o Ministério das Re­­lações Exteriores (Itamaraty) não confirmava nenhuma informação a fim de garantir a segurança do brasileiro.

Ontem, por telefone, Luiz An­­tônio disse que não faria mais de­­clarações sobre o assunto e que todas as informações deveriam ser prestadas pelo Ita­­maraty.

Para ser libertado, Cubek teve de pagar uma fiança de US$ 1.180 e também arcou com os custos de sua passagem de volta para o Bra­­sil. Depois de sair da prisão, ele ficou hospedado na Embaixada do Brasil no Pa­­quis­­tão – que te­­ve a segurança reforçada – en­­quanto eram resolvidas todas as questões burocráticas da viagem, inclusive a escolha de um voo com o mínimo de escalas pos­­sível.

De acordo com o Itamaraty, Cubek passou a segunda-feira viajando, mas os horários e as es­­calas não foram informados, tam­­bém com a justificativa de ga­­­rantir a segurança do advogado. A previsão é de que ele chegue a Curitiba ainda hoje.

Entenda o caso

Para ter acesso à área reservada da mesquita de Faisal, Cubek ves­­tiu trajes típicos, que apenas os muçulmanos costumam usar. Ao entrar, ele teria mostrado ima­­gens cristãs e gritado palavras sobre a Virgem Maria.

Os seguranças da mesquita o retiraram do local e por pouco ele não foi agredido pelos fiéis muçulmanos.

Logo que chegou à delegacia, entrou em contato com a Embai­­xada do Brasil e fa­­lou por telefone com o em­­bai­­xa­­dor Alfredo Leoni, que mandou um representante para prestar auxílio ao brasileiro. Ele teria di­­to aos funcionários da embaixada que sofre de transtorno bi­­po­­lar.

Devido à sua manifestação na mesquita, o advogado ficou sujeito à condenação por blasfêmia, um crime considerado gravíssimo no Paquistão. Com apoio jurídico da embaixada brasileira, ele conseguiu ser julgado apenas por perturbação da ordem pública.

A primeira data para a audiência com o juiz paquistanês responsável pelo caso estava marcada para o dia 17 de maio, mas foi adiada a fim de que os órgãos de segurança paquistaneses tivesse mmais tempo para investigar se Cubek não teria envolvimento com nenhum outro crime. A au­­diência foi transferida então pa­­ra o dia 19, data em que o brasileiro foi libertado.

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