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Influentes parlamentares iranianos criticaram neste sábado (24) uma proposta da ONU exigindo que Teerã envie seu estoque atômico para o exterior para processamento, disse a agência de notícias ISNA.

Os comentários dos políticos foram feitos um dia depois de o Irã ignorar o prazo para responder à proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), exigindo que o país persa reduza um estoque atômico que o Ocidente teme que será usado para fabricar armas.

O Irã disse que responderia à proposta na próxima semana.

"O Irã precisa de seus 3,5 por cento de urânio enriquecido para uso em nossas usinas de energia. Consequentemente, é do interesse do Irã comprar combustível nuclear," disse Alaeddin Boroujerdi, presidente do comitê parlamentar de Questões Estrangeiras e de Segurança Nacional, citado pela ISNA.

O Irã, que garante que seu programa de energia nuclear visa apenas à produção de eletricidade, ainda está longe de ter usinas de energia nuclear que usariam urânio de baixo enriquecimento (LEU).

A proposta da AIEA exige que o Irã envie 1,2 tonelada de seu conhecido estoque de 1,5 tonelada de LEU para a Rússia e para a França até o final do ano, disseram diplomatas ocidentais.

Nesses países, o LEU seria então processado, de modo a se tornar inutilizável para ogivas nucleares, e devolvido ao Irã para servir como combustível de um reator em Teerã que produz isótopos radioativos médicos.

Boroujerdi repetiu a declaração de algumas autoridades que sugeriram na sexta-feira que em vez de aceitar a resolução, o Irã deveria comprar combustível nuclear do exterior. Ele disse que o Irã deveria ser cauteloso ao lidar com as potências mundiais.

Rússia, França e EUA, os outros envolvidos no acordo, apoiaram a proposta.

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