Parlamentares israelenses se reúnem para debater protestos

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O Parlamento israelense interrompeu seu recesso nesta terça-feira para debater os protestos populares que estão acontecendo no país contra os preços de moradias, mas não havia uma sensação de urgência entre as conversas superficiais dos parlamentares, alguns dos quais se distraíam com seus celulares e iPads.

"Os israelenses transformaram este verão em um verão de esperança", disse a líder Tzipi Livni, do Partido Kadima, durante a sessão, onde a maioria dos assentos do deputados governistas estava vazia.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não estava na reunião e acompanhava a construção de uma nova linha de trens que, segundo ele, ajudaria casais a se deslocarem para seus trabalhos na cidade a partir de localidades vizinhas, onde os custos de moradia são mais baixos.

As políticas do premiê de livre-mercado e de impostos menores para pessoas de maior renda e empresas vêm sendo criticadas por uma onda de manifestações que há um mês pedem reformas econômicas e sociais.

O partido centrista Kadima apresentou uma moção - uma das quatro na agenda do Parlamento - acusando a coalizão de direita de Netanyahu de demorar para agir em relação às demandas da população de corte os impostos e preços de moradias.

Em votações de rotina, os parlamentares concordaram em debater as propostas em sessões futuras.

A sessão de terça-feira foi a primeira realizada no Knesset para discutir o fenômeno de estudantes e jovens famílias que estão acampados nas cidades em protesto - iniciativa que vem se espalhando pelas cidades israelenses.

"Eles estudaram em escolas e universidades porque seus pais disseram que, se eles se destacassem, teriam sucesso na vida", disse Livni em seu discurso.

"Então, eles foram bem nos estudos, mas sentem que a vida não se transformou na história de sucesso que eles sonharam."

Netanyahu nomeou uma equipe de especialista para analisar possíveis reformas. Mas ele e as autoridades financeiras do país estão cautelosos sobre qualquer aumento nos gastos do governo, preocupados com os indicadores de que a economia está enfraquecendo, em parte por conta da crise financeira global.

Ele pediu à comissão que entregue as recomendações dentro de um mês.