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O novo governo de unidade palestino, que reúne os rivais Fatah e Hamas, conquistou o voto de confiança do Parlamento neste sábado.

O voto foi por aclamação dos 87 membros do Conselho Legislativo Palestino que participaram da sessão por videoconferência. O governo israelense mantém presos 41 dos 132 membros do Conselho, sendo que 37 são partidários do movimento islâmico Hamas.

Ao apresentar perante ao Parlamento o novo governo de unidade nacional, o presidente palestino, Mahmud Abas, afirmou que "o mundo deve levantar o embargo" imposto às instituições palestinas.

Em um discurso pronunciado antes de o Conselho Legislativo Palestino se pronunciar sobre o novo governo, Abas expressou também a esperança de que os países árabes ajudem a convencer a comunidade internacional de suspender o boicote.

O presidente afirmou ainda que o novo governo trabalhará para acabar com a ocupação israelense, mas também manifestou sua disposição de buscar um acordo de paz "justo e amplo" com Israel.

Abas expressou sua repulsa à violência, "seja de que forma ela for".

A sessão extraordinária do Conselho Legislativo Palestino, teve início pouco depois das 11h15 (hora local) deste sábado, com a contagem dos deputados presentes.

O presidente palestino, Mahmud Abás, do movimento nacionalista Al Fatah, e o primeiro-ministro Ismail Mahniye, do Hamas, idealizadores do governo de unidade, chegaram juntos à sessão, realizada na cidade de Gaza, e se sentaram junto ao presidente do parlamento em funções, Ahmed Bahar. A sessão é celebrada simultaneamente nas sedes parlamentares da cidade de Gaza e Ramala, unidas por vídeo-conferência, pois Israel proíbe que muitos deputados se desloquem entre a faixa de Gaza e a Cisjordânia.

A contagem dos deputados permite determinar se estão presentes à sessão os dois terços dos parlamentares necessários para que a votação seja válida. Calcula-se que cerca de 30 dos 132 parlamentares que foram o Conselho estão ausentes devido ao fato de encontrarem-se presos em cárceres israelenses, entre eles o próprio presidente do Conselho, Aziz Dweik.

O Conselho Legislativo Palestino, no entanto, decidiu mudar a ordem do dia da sessão extraordinária. Ao invés de votarem logo a aprovação do novo governo de unidade nacional, eles optaram por debater primeiro o programa de governo. A pauta da sessão previa, anteriormente, que os deputados votassem primeiro o projeto de governo de unidade nacional e, só depois, debatessem e votassem a plataforma política, depois que essa fosse apresentada pelo primeiro-ministro, Ismail Haniye.

A primeira votação acabou não acontecendo e a Câmara, após ouvir o primeiro-ministro e fazer um recesso para o almoço, deu início ao debate sobre o programa, que depois será votado. Os parlamentares têm direito a apresentar emendas ao programa de governo.

O novo governo de unidade nacional foi formado com os objetivos prioritários de superar a violência entre as facções palestinas e de recuperar a confiança da comunidade internacional que, há um ano, mantém o boicote político e econômico contra o governo do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas.

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