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Tymoshenko diz que "ditadura caiu" e será candidata

A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko disse neste sábado que "a ditadura caiu" e anunciou que será candidata às eleições presidenciais de 25 de maio.

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A Rada Suprema (Parlamento) destituiu hoje o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, por "abandono de suas funções constitucionais" e convocou eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio. Em seguida, Yanukovich fugiu para a Rússia, informou o canal de televisão "TSN".

Um total de 328 deputados, o que constitui mais da maioria constitucional de dois terços dos parlamentares, votou a favor da resolução, que entrou em vigor logo após ser aprovada pela Câmara.

A resolução foi adotada em caráter de urgência, sem debate prévio, e após sua aprovação os deputados se puseram de pé e cantaram o hino nacional da Ucrânia.

A sessão extraordinária da Rada, que nomeou hoje um dirigente opositor, Aleksandr Turchinov, para presidente da casa, foi transmitida ao vivo pela televisão.

Previamente, em entrevista ao canal de televisão "UBR", Yanukovich denunciou que os últimos eventos que ocorreram no país foram um golpe de Estado e anunciou que não renunciará,

"Os eventos que nosso país e todo o mundo viram são um exemplo de golpe de Estado. Tentam me amedrontar para que apresente voluntariamente minha renúncia. Mas não tenho intenção de renunciar", disse Yanukovich, que respondeu às perguntas em russo.

O líder ucraniano, que reconheceu ter deixado ontem à noite Kiev para ir para a cidade de Kharkiv, acrescentou que faz todo o possível "para que no país não haja um derramamento de sangue".

"Não tenho intenção de deixar a Ucrânia. Sou o presidente eleito legalmente", afirmou, lembrando que os mediadores internacionais asseguraram que dariam garantias de segurança para ele.

O presidente ressaltou que não aceitará nenhuma das decisões aprovadas nas últimas horas pela Rada Suprema (Parlamento), controlada agora pela oposição pois vários deputados do governante Partido das Regiões deixaram a legenda.

"Esta não é oposição, são bandidos. Na saída do Parlamento batem, lançam pedras e intimidam", criticou.

A Rada assumiu hoje a coordenação dos trabalhos do governo, nomeou um novo presidente da Câmara, designou um novo ministro do Interior interino e aprovou uma lei que permitirá a libertação da ex-primeira-ministra e líder opositora Yulia Tymoshenko.

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