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O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta quinta-feira (20) uma resolução que prevê a retirada de policiais das ruas, a soltura dos manifestantes presos, o fim do uso de armas contra civis, a indenização das famílias de opositores mortos além de reafirmar que só o Legislativo pode decretar estado de emergência e desautorizar as medidas antiterror. A medida de forte simbolismo joga um imenso peso político sob presidente Viktor Yanokovich, que pode endossar ou não a resolução. Mais cedo, o primeiro-ministro polonês afirmou que Yanokovich havia concordado em antecipar as eleições, o que ainda não foi confirmado.

Dezenas de deputados governistas não apareceram, mas cerca de 30 que estiveram na sessão votaram pela aprovação da resolução. O quórum mínimo de 226 foi alcançado, com 239 parlamentares presentes. O Rada, o parlamento ucraniano, tem 442 cadeiras.

O vice-presidente do Parlamento, Ruslan Koshulinsky, presidiu a sessão. Há rumores de que Vladimir Rybak, presidente e membro do Partido das Regiões (Yanokovich) está desaparecido.

A notícia foi imediatamente celebrada pelo Embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia Geoffrey Pyatt. "Parabéns aqueles de todos os partidos que votaram na Rada e demonstraram que a as instituições democráticas da Ucrânia funcionam", escreveu ele, mencionando a opositora Lesya Orobets.

Além de criar expectativa sobre o que fará Yanukovich, a resolução também joga dúvida sobre qual será a reação dos opositores. Se eles vão, por exemplo, deixar as ruas.

Mais cedo, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou que Yanukovich concordara em convocar eleições antecipadas e reformar a Constituição do país. Ele teria aceitado essa revindicação dos manifestantes durante uma rodada de negociações com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Polônia e França, que chegaram ao país nesta quinta-feira (20).

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