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Manifestante "mantém" guarda em praça de Kiev, em meio a homenagens aos mortos durante os protestos | Reuters/David Mdzinarishvili
Manifestante "mantém" guarda em praça de Kiev, em meio a homenagens aos mortos durante os protestos| Foto: Reuters/David Mdzinarishvili

O Parlamento da Ucrânia pediu nesta terça-feira (25) que o Tribunal Internacional de Haia julgue o presidente deposto Viktor Yanukovich e outros membros do antigo governo por crimes contra a humanidade.

Votaram a favor da resolução contra Yanukovich, que se encontra com paradeiro desconhecido, 324 deputados da Rada Suprema (legislativo). Os congressistas afirmaram também que reconhecem a autoridade do tribunal na Ucrânia.

O texto da resolução acusa ex-altos funcionários, incluído Yanukovich, pelas "graves consequências" e o "assassinato em massa" de cidadãos ucranianos registrados "durante as ações de protesto no período entre 21 de novembro e 22 de fevereiro de 2014", os três meses que duraram as manifestações.

Na resolução se destaca que, ao longo de três meses, os órgãos de poder na Ucrânia, "por ordens de funcionários de Estado, adotaram de forma ilegal medidas de pressão física, meios especiais e armamento contra os participantes das ações pacíficas em Kiev e outras cidades ucranianas".

Estas ações -acrescenta o texto- "levaram à morte de mais de 100 cidadãos da Ucrânia e de outros países, e mais de 2.000 feridos, dos quais mais de 500 seguem atualmente em estado grave".

De acordo com números oficiais, os distúrbios em Kiev causaram 82 mortos e deixaram cerca de 700 feridos.

Em função destes dados, o Parlamento pede ao Tribunal de Haia que abra um processo por crimes contra a Humanidade contra membros do governo, começando por Viktor Yanukovich, como responsáveis por ditar as ordens.

A resolução segue ao anúncio feito ontem pelo Ministério do Interior de ordem de busca e captura contra Yanukovich.

O legislativo também solicita que se abram processos penais contra o deposto procurador-geral da Ucrânia, Viktor Pshonka, e o também ministro do Interior destituído Vitaliy Zakharchenko.

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