Parlamento venezuelano autorizará retorno de Chávez a Cuba

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A Assembleia Nacional da Venezuela convocou neste domingo (29) uma sessão extraordinária para a segunda-feira destinada a autorizar o presidente Hugo Chávez a se ausentar do país por mais de cinco dias para retornar a Cuba a fim de dar prosseguimento ao tratamento contra o câncer que enfrenta desde junho de 2011.

"A Junta Diretiva da Assembleia Nacional convoca sessão extraordinária para esta segunda-feira, 30 de abril (...) para dar permissão ao presidente da República Bolivariana da Venezuela, comandante Hugo Chávez, para que se ausente do país e continue com seu tratamento e recuperação em Havana", diz um curto comunicado da instituição, publicado em sua página na internet.

Até o momento nenhuma fonte oficial informou quando o presidente voltará à ilha, embora na última vez que a Assembleia autorizou Chávez a se ausentar do país (em 14 de abril), por causa de sua doença, ele tenha viajado a Cuba poucas horas depois de receber sinal verde.

O chefe de Estado voltou à Venezuela na madrugada de quinta-feira, após permanecer onze dias em Havana, onde se submeteu a novas sessões de radioterapia, um tratamento que o próprio governante não deu por concluído, contra a recorrência do câncer que teve diagnosticado em 2011.

A princípio, estas sessões de rádio deviam supor o fim do tratamento, mas na segunda-feira o presidente assegurou que ainda lhe restava outro deslocamento para a ilha para uma nova sessão e "outras avaliações adicionais".

Desde sua chegada a Caracas, o presidente não aparece em público, embora no sábado tenha feito uma rápida intervenção telefônica ao canal oficial VTV para celebrar o segundo aniversário de sua conta no microblog Twitter.

O Twitter precisamente se tornou, nas últimas semanas, praticamente o único meio de comunicação do presidente com o país, o que desatou uma onda de rumores sobre seu estado de saúde e motivou críticas da oposição, para a qual Chávez "governa" a Venezuela através da rede social.

Com 57 anos, Chávez foi operado em 26 de fevereiro da recorrência de um câncer - do qual nunca deu detalhes sobre sua natureza ou gravidade - encontrado no mesmo local onde a doença foi detectada no ano passado. Em março começou a fazer as sessões de radioterapia, que o levaram a ter estadias de vários dias em Havana e retornar por períodos curtos ao seu país.

No poder desde 1999, o presidente prevê disputar a reeleição em 7 de outubro, quando enfrentará o opositor governador do rico Estado de Miranda (norte), Henrique Capriles Radonski.