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O Partido Comunista Cubano informou nesta quinta-feira que vai permanecer no poder a despeito do que possa vir a ocorrer com seu líder, Fidel Castro, afastado depois de uma cirurgia intestinal. Seu irmão Raúl Castro, indicado como presidente interino, continua sem aparecer em público.

Numa mensagem tipicamente crítica, destinada, segundo analistas, a dispersar temores sobre a transição de poder, o "Granma", órgão oficial de impresa do Partido Comunista, publicou parte de um discurso que Raúl fez no dia 14 de junho a oficiais do Exército, o qual já havia sido publicado no jornal no dia seguinte.

"Só o Partido Comunista pode ser o digno herdeiro da confiança que os cubanos depositaram no seu líder", disse Raúl naquele discurso.

Isso poderia ser um sinal, segundo analistas, de que Raúl buscará, uma vez no governo, mais consenso, talvez dando mais poder ao Politburo do que Fidel, um notório "workaholic", que sempre quer tudo à sua maneira.

Mas os habitantes da ilha, ansiosos para saber se Fidel retornará à boa forma e ao cargo, não viram nenhuma imagem pública nova dos irmãos Castro desde a transferência do poder, na segunda-feira.

Isso alimentou rumores em toda a América Latina de que Fidel já estaria morto. Apesar da calma que reina nas ruas de Havana, muitos cubanos disseram a jornalistas estrangeiros que gostariam que Raúl fizesse uma aparição pública para mostrar quem está no comando.

- Por que Raúl não veio falar? Isso que é necessário. Há uma calma assustadora aqui - disse um morador da capital, que não quis se identificar.

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prometeu apoiar os esforços "dos cubanos" para construir um governo transitório, comprometido com a democracia.

"Vamos tomar nota daqueles que, no atual regime cubano, obstruem seu desejo por uma Cuba livre", disse Bush em pronunciamento.

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