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O principal partido islamita da Tunísia, o Ennahda, anunciou nesta segunda-feira (27) que está se retirando da comissão encarregada de preparar o país para suas primeiras eleições após a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali, após uma revolta popular. A saída do partido é mais um sinal de tensão entre as forças políticas emergentes na Tunísia em seus esforços para determinar como será o país após décadas de um regime de partido único.

A comissão está encarregada de preparar as eleições para uma Assembleia Constituinte. As eleições foram adiadas de julho para outubro, uma medida que irritou o Ennahda. O líder do partido Rachid Ghannouchi disse que a comissão foi "desviada" de suas obrigações e está tentando impor uma agenda "sem consulta ou consenso" que pode mais uma vez adiar as eleições.

Como uma das forças mais organizadas da sociedade tunisiana, o moderado partido islamita deveria se beneficiar com a realização de eleições prévias, pois os mais de cem novos partidos políticos ainda não tiveram tempo para conquistar apoio popular. Ghannouchi disse também que muitos dos membros da Alta Comissão para Reformas Políticas e Transição Democrática têm tentado demonizar seu partido, advertindo sobre as "terríveis consequências" se a legenda chegar ao poder.

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