Os 27 partidos que compõem a maior parte da oposição ao regime do ditador Nicolás Maduro na Venezuela anunciaram neste domingo (2) um boicote às eleições legislativas marcadas para o próximo dia 6 de dezembro por considerá-las uma "fraude eleitoral".
Em documento assinado pelos partidos, que incluem todos os que atualmente têm representação no parlamento além dos chavistas, as organizações afirmam que já "esgotaram todos os esforços nacional e internacionalmente para conseguir um processo eleitoral justo".
"O regime de Nicolás Maduro, usando o controle que exerce sobre todos os poderes públicos da Venezuela, acabou com a possibilidade de termos qualquer tipo de eleição livre e competitiva", diz o comunicado, que lista uma série de ações da ditadura chavista que, segundo a oposição, "subvertem a ordem constitucional e legal" e impedem a realização de eleições democráticas.
A oposição faz ainda dez exigências para a realização de eleições competitivas, além de pedir a libertação de prisioneiros políticos do país.
O líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por dezenas de países, apoiou a decisão da oposição de não participar das eleições de dezembro. "Ninguém aceita as imposições de um regime agonizante", disse Guaidó neste domingo.
"Esta nova farsa está condenada ao fracasso como aconteceu em 2017 e 2018", alertou Guaidó, referindo-se às eleições regionais e à que reelegeu Maduro, considerada fraudulenta por grande parte da comunidade internacional.
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