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Parlamentares iraquianos tentavam no domingo (25) negociar o fim da pior crise política do país em um ano depois que o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki tentou prender o vice-presidente sunita sob a acusação de que ele dirige um esquadrão da morte.

Autoridades norte-americanas, diplomatas e políticos têm promovido uma série de conversações para aplacar a crise que ameaça levar o Iraque de volta ao conflito sectário que levou o país produtor de petróleo da Opep à beira da guerra civil há alguns anos.

Apenas uma semana depois da retirada das tropas dos EUA, a agitação coloca em risco o governo que compartilha o poder do país com a divisão de cargos e ministérios entre a coalizão da Aliança Nacional xiita, o bloco de maioria sunita Iraqiya e o movimento político curdo.

Uma série de bombas em Bagdá, incluindo a explosão de um homem-bomba em um edifício do governo, matou 72 pessoas e feriu outras 200 na quinta-feira, colocando em evidência a situação ainda vulnerável da segurança no Iraque, enquanto a crise política ganhava corpo.

A terça-feira poderá ser um teste-chave de como a situação no Iraque, quando o ministério deverá se reunir e os ministros do Iraqiya decidem se participarão ou boicotarão a reunião. Os parlamentares do Iraqiya já suspenderam temporariamente sua participação no Parlamento, que está em recesso.

"Uma delegação da Aliança Nacional encontrou-se com o Iraqiya na noite passada", disse o parlamentar xiita Haider al-Abadi, aliado de Maliki.

"Se o Iraqiya quiser participar de conversações reais, ele tem de voltar ao Parlamento e ao governo, porque um boicote ao Parlamento não é aceitável", acrescentou ele.

Quase nove anos depois da invasão que derrubou Saddam Hussein, as tensões sectárias ameaçam o Iraque, onde a violência sectária entre as comunidades sunitas e xiitas mataram milhares de pessoas entre 2006 e 2007.

Na semana passada, Maliki tentou prender o vice-presidente sunita Tareq al-Hashemi, membro do Iraqiya, sob a acusação de ter mandado seus guarda-costas executarem assassinatos e atentados.

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