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Santiago – Uma passeata reuniu ontem milhares de manifestantes em Santiago (Chile), para recordar o suicídio do presidente socialista Salvador Allende e as milhares de vítimas deixadas pela ditadura do general Augusto Pinochet. A manifestação começou pacífica mas terminou com violentos distúrbios. Houve feridos e parte dos manifestantes foi presa.

A marcha percorreu as principais ruas do centro da capital do Chile e degenerou em distúrbios nas proximidades do Cemitério Geral, onde se encontra o memorial dedicado aos mais de 3 mil mortos e desaparecidos na ditadura. Os choques com a polícia deixaram um número indeterminado de feridos e pessoas presas.

Homens encapuzados, que se identificaram como "anarquistas", teriam iniciado os confrontos com a polícia em vários pontos do trajeto. Seu principal alvo eram os muros brancos do palácio presidencial de La Moneda, contra os quais jogaram coquetéis "Molotov" e sacos de tinta.

A polícia, que em grande número protegia o lugar, teve de recorrer a jatos de água e gases lacrimogênios para dispersar os manifestantes. Uma filial do Banco do Estado e uma lanchonete "Burger King", próximos ao palácio, também foram atacados e tiveram suas vitrines quebradas.

"Vencer ou morrer!" foi um dos slogans que os anarquistas picharam num dos muros da casa de governo, onde, em 11 de setembro de 1973, em meio ao levante liderado por Pinochet, Allende se suicidou com um fuzil AK que lhe foi presenteado pelo amigo Fidel Castro.

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