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Pelo menos 18 pessoas, cinco delas menores de idade, estiveram em contato e expostas ao paciente diagnosticado com ebola, na terça-feira (30), na cidade de Dallas, nos Estados Unidos, mas nenhuma apresenta sintomas do vírus, segundo informaram nesta quarta-feira as autoridades do Texas.

Essas pessoas se encontram "sob supervisão médica", mas não em quarentena, já que o risco de propagação é muito baixo, segundo as autoridades.

"Isto não é a África Ocidental. Esta é uma cidade muito sofisticada e um hospital muito sofisticado", assegurou em entrevista coletiva David Lakey, o comissário do Departamento Estadual de Serviços de Saúde (DSHS) do Texas, com o objetivo de diminuir o alarde criado.

Na terça-feira, as autoridades confirmaram o primeiro caso de ebola diagnosticado nos Estados Unidos, de quem não se informou nem a identidade nem a nacionalidade, apenas sua situação, que é "grave, mas estável".

Trata-se de um homem que, segundo as informações divulgadas, trabalhava na Libéria, um dos principais focos do vírus na África, mas que em 20 de setembro viajou aos Estados Unidos, onde vivem seus familiares.

As autoridades confirmaram, durante a entrevista coletiva, que cinco das 18 pessoas que tiveram contato direto com o paciente são menores em idade escolar e que não foram afastados de seus centros educativos até a manhã de hoje.

"Alguns estudantes estiveram em contato com o paciente e agora estão em casa sob supervisão", explicou o governador do Texas, Rick Perry, que abriu a entrevista coletiva.

O organismo encarregado da supervisão tanto dos menores como das outras 13 pessoas é o Serviço Humano e de Saúde do condado de Dallas.

Perry se mostrou "confiante" em que a equipe de profissionais "altamente preparados" do Hospital Presbiteriano de Dallas, onde está internado o paciente, "terá êxito nesta missão".

"Há poucos lugares no mundo melhor preparados para enfrentar este desafio", assegurou o governador, ao admitir que seu desejo é que o caso tivesse acontecido em "qualquer outro lugar".

O paciente chegou ao hospital na sexta-feira passada, "sem sintomas específicos", motivo pelo qual lhe prescreveram antibióticos e o mandaram para casa, afirmou Mark Lester, vice-presidente executivo do Texas Health Resources (companhia proprietária do centro médico).

Entre sexta-feira e domingo, quando o paciente voltou a ser internado por desenvolver sintomas mais agudos, manteve contato com várias pessoas, entre elas as crianças.

Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de três mil pessoas morreram pela epidemia do ebola, a imensa maioria na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

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