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Mulher mostra mãos sujas de sangue por ajudar um colega protestante | AFP
Mulher mostra mãos sujas de sangue por ajudar um colega protestante| Foto: AFP

Pelo menos 26 manifestantes foram mortos na capital iemenita, Sanaa, no domingo (18), quando forças de segurança abriram fogo contra uma das maiores manifestações contra o presidente Ali Abdullah Saleh nos últimos meses.

Muitas pessoas ficaram feridas quando opositores tentaram romper as barreiras da polícia, que espalhou gás lacrimogêneo contra os dezenas de milhares de manifestantes na Praça da Mudança, onde muitos jovens estão acampados desde o início deste ano, exigindo o fim do regime de 33 anos de Saleh.

Manifestantes feridos foram levados às pressas em macas para um hospital de campanha na praça.

"Este é o pior dia que eu vi em três meses. Estamos esperando que mais mortos cheguem", disse o médico Jamal al-Hamdani, que tratava dos pacientes.

Dezenas de manifestantes estavam caídos no chão, intoxicados pela inalação de gás lacrimogêneo. Homens em motocicletas e ambulâncias os retiravam do local.

Saleh, recuperando-se na Arábia Saudita de uma tentativa de assassinato em junho, está se mantendo no poder, apesar da pressão internacional para que renuncie e de oito meses de protestos que paralisaram o empobrecido Estado árabe.

O Ministério da Defesa disse que os manifestantes atiraram bombas de gasolina, ateando fogo a uma viatura policial. A mídia estatal culpou militantes de partidos da oposição por abrirem fogo contra o protesto.

Frustrados pela tenacidade de Saleh e sua incapacidade de tirá-lo do poder, os manifestantes estão tentando intensificar os protestos, que chegaram a seu oitavo mês.

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