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Pelo menos quatros pessoas morreram nesta quinta-feira (19) e dez ficaram feridas após a explosão de uma bomba em um campo de refugiados em Mogadíscio, pouco depois de uma delegação da Organização das Nações Unidas com jornalistas internacionais ter visitado o local.

Mohammed Moalim Dahir, funcionário na cozinha do campo, situado na antiga embaixada dos Estados Unidos, disse que "dois soldados, que eram guardas de segurança, e um refugiado morreram no local, enquanto outro refugiado morreu ao ser levado ao hospital".

"Não conhecemos a causa do ataque, mas a bomba explodiu momentos depois de a delegação (da ONU) abandonar acampamento", acrescentou Dahir.

A enfermeira Sahra Omar, que trabalha no Hospital Medina, declarou à Agência Efe que ingressaram nesse centro dez feridos, "seis deles em estado muito grave, com ferimentos grandes no estômago e na cabeça".

Embora nenhum grupo tenha se responsabilizado pelo atentado, todas as suspeitas recaem sobre a milícia radical islâmica Al Shabab, vinculada à rede terrorista Al Qaeda.

O Governo Federal de Transição da Somália condenou esse "ato de terrorismo" e prometeu investigar o fato, que ocorreu um dia antes de completar seis meses desde que a ONU declarou estado de crise de fome em várias regiões do país.

Al Shabab, que controla amplas regiões do sul e centro da Somália, combate desde 2006 o Governo Federal de Transição e as tropas da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) a fim de instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem Governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra tribais e grupos de delinquentes armados.

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