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Uma balsa que transportava pelo menos 250 pessoas para uma peregrinação anual em Djibuti naufragou na quinta-feira, matando pelo menos 69 pessoas, segundo as autoridades.

Segundo testemunhas, o barco de madeira, sobrecarregado com material de construção e o triplo do número tolerável de passageiros, afundou a apenas a cem metros do porto de Djibuti, um pequeno país à beira do Mar Vermelho.

A embarcação seguia para Tadjoura, 35 quilômetros a nordeste, onde ocorre a peregrinação chamada Djamaad. O acidente ocorreu pouco depois das 13h (7h em Brasília).

Pescadores, mais tarde ajudados pela Marinha local e da França, tentaram resgatar as vítimas, muitas dos quais eram idosos incapazes de nadar.

Pelo menos 20 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo autoridades. O barco tinha capacidade para 80 passageiros. As buscas foram canceladas ao anoitecer.

Há 36 pessoas internadas, sendo sete em estado grave, segundo fontes dos hospitais.

Testemunhas disseram que, durante a manhã, a entrada das pessoas na balsa era caótica. Não há lista de passageiros. Muitas mulheres se desesperavam ao reconhecer as fotos de entes queridos colocadas em delegacias.

Os mortos foram colocados em frente a prédios da área do porto, até o anoitecer, quando alguns cadáveres foram levados para hospitais e outros foram sepultados. As mesquitas ficaram lotadas.

O capitão Bob Everdeen, da Força-Tarefa Conjunta dos EUA no Chifre da África, que funciona em Djibuti, disse que mergulhadores da Marinha estão ajudando nas operações.

O pequeno Djibouti é um epicentro das operações antiterrorismo dos EUA na região.

Este é o pior desastre no país em tempos recentes. Em abril de 2003, uma inundação matou 50 pessoas em uma só noite.

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