Pelo menos quatro mortos em novo dia de conflitos entre governo e oposição no Líbano

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Quatro estudantes morreram nesta quinta-feira (25) e outras 20 ficaram feridas em enfrentamentos entre partidários da oposição e do governo libanês nas ruas de Beirute, segundo as agências de notícias e a rede de TV Fox News. A violência começou com estudantes a favor e contra o governo entraram em confronto jogando pedras e pedaços de madeira uns contra os outros, mas logo ganhou as ruas de Beirute.

Os distúrbios começaram na universidade árabe da capital, no sul, e se estendeu aos bairros vizinhos, tanto de maioria xiita como sunita. Pessoas de fora da universidade se juntaram aos conflitos. Carros foram destruídos e incendiados.

A rede de TV Al-Manar informou que um militante do Hezbollah foi morto. Informações oficiais dão conta que há pelo menos 17 pessoas feridas, mas número pode chegar a 25, informam TVs libanesas.

O chefe sunita da maioria parlamentar anti-síria no Líbano, Saad Hariri, pediu a seus partidários moderação. A milícia xiita pró-síria libanesa do Hezbollah pediu a seus seguidores que se retirem das ruas, informou a televisão Al Manar ao reportar os enfrentamentos entre partidários da oposição e do governo libanês.

Soldados do Exército atiraram para o ar para dispersar os manifestantes. As principais rodovias do sul da capital libanesa foram fechadas.

Informações oficiais dizem que o conflito começou depois que estudantes do movimento xiita Amal, que apóia a oposição política do Hezbollah, discutiram com membros do Movimento Futuro, pró-governo, sobre a responsabilidade pela greve geral iniciada na última terça-feira (23), quando três pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas.

A oposição planejou dois meses de protestos e manifestações a fim de derrubar o primeiro-ministro Fuad Siniora.

Os conflitos já tomaram forma de violência sectária, o que aumenta as preocupações internacionais de que o Líbano pode entrar em uma outra guerra civil, similar à que ocorreu entre 1975 e 1990. Muçulmanos xiitas apóiam a oposição, enquanto sunitas defendem o governo e os cristãos se dividem entre os dois.