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É necessário estender o conceito de terrorismo não somente de atos repreensíveis de grupos e de indivíduos, produtores de repulsa e indignação, mas também a atos praticados por Estados, como é o caso da invasão do Iraque ou do Afeganistão. Nesse caso, o terrorismo de Estado é praticado por meio de ações sistemáticas organizadas contra um povo, matando, sem distinção, civis e inocentes e visando a assegurar hegemonia econômica e militar de um Estado. O governo americano utiliza-se de armas de destruição em massa, prisões clandestinas, ataques-surpresa, armamentos de última geração lançados a partir de aviões, em suma, meios desproporcionais de combate que poderiam levar seus agentes ao Tribunal Penal Internacional, caso tivessem ratificado o Estatuto de Roma (...) As perdas civis devem ter relação proporcional direta com as vantagens militares concretas e objetivas. Alguns autores, como Tariq Ali, François Houtart e Noam Chomsky entendem que chegou um momento na história em que, para os Estados Unidos, a única forma de assegurar seu império é agindo por meio do terrorismo de Estado. Pablo Gonzáles Casanova tem chamado o médoto de neoliberalismo armado. François Houtart, de neoliberalismo terrorista.

Carol Proner é doutora em Direito e coordenadora do Curso de Relações Internacionais da UniBrasil.

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