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Integrantes de uma família japonesa rezam pela avó e pela bisavó desaparecidas desde o terremoto seguido de tsunami no mês passado | Yasuyoshi Chiba/AFP
Integrantes de uma família japonesa rezam pela avó e pela bisavó desaparecidas desde o terremoto seguido de tsunami no mês passado| Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Tóquio - A agência de segurança nuclear do Japão decidiu elevar o grau de seriedade do acidente nuclear na usina Daiichi, em Fukushima, de cinco para sete – o maior nível na escala internacional de gravidade –, informou ontem a rede local de televisão NHK.

Segundo a emissora, a decisão foi tomada pela Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. No nível sete, o acidente nu­­clear japonês se torna tão grave quanto o desastre nuclear de Cher­­nobyl, na extinta União Soviética, em 1986. Antes da nova classificação, ele era comparável ao acidente de Three Mile Island, que aconteceu nos EUA em 1979.

Um forte terremoto de 7,1 graus foi registrado ontem no nordeste do Japão, perto da central nuclear de Fukushima, exatamente um mês depois da catástrofe natural que provocou milhares de mortes.

O tremor aconteceu às 17h16 (5h16 de Brasília), e o epicentro foi localizado a 10 km de profundidade, informou o Centro de Geo­­fí­­sica dos Estados Unidos (USGS). As autoridades chegaram a emitir um alerta de tsunami, suspenso pouco depois.

Como precaução, os funcionários da central de Fukushima foram imediatamente retirados da usina, e a energia elétrica do local foi cortada, anunciou a To­­kyo Electric Power Co. (Tep­­co), ope­­radora da central energética nu­­clear.

"A injeção de água para resfriar os três reatores foi suspensa quando a energia elétrica foi cortada", afirmou um porta-voz da Tepco.

Momentos depois, a Agência de Segurança Nuclear japonesa anunciou que o fornecimento de energia elétrica foi completamente restabelecido.

Homenagem

O Japão lembrou ontem as mais de 13.000 pessoas mortas e 15.000 listadas como desaparecidas após o terremoto seguido de tsunami em 11 de março, enquanto o país enfrenta desafios enormes – várias cidades e regiões no nordeste estão destruídas, cerca de 210 mil pessoas continuam sem água potável e, após o terremoto de on­­tem, mais de 240 mil pessoas ficaram sem eletricidade.

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