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A coalizão de centro-esquerda, que é liderada pelo Partido Democrata, encabeça as intenções de voto nas pesquisas de boca de urna da eleição parlamentar da Itália, que terminou nesta segunda-feira (25). Caso confirmada a tendência, o novo primeiro-ministro do país deverá ser Luigi Bersani.

Segundo o estudo do instituto Tecné para o canal de notícias SkyTG24, o grupo de Bersani lidera com 34,5% na Câmara e 37% do Senado. A centro-direita, do partido Povo da Liberdade do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, obteve 29% das intenções para a Câmara baixa e 31% para a Câmara alta.

Em terceiro lugar, está o Movimento Cinco Estrelas, de Beppe Grillo, com 19% na Câmara e 21% no Senado, seguido pelos partidos de centro. O grupo, liderado pelo atual primeiro-ministro Mario Monti, teve apenas 9,5% de representação dos deputados e 9% entre os senadores.

A pesquisa foi divulgada minutos após o fechamento das urnas em todo o país, às 15 horas locais (11 horas em Brasília). A Comissão Eleitoral dará início à apuração e divulgará os números da participação dos 47 milhões de italianos para votar.

A escolha do novo Parlamento que sucederá ao comandado por Mario Monti é marcada pela preocupação com a economia. Em forte crise devido ao aumento da dívida pública, a Itália precisa retomar o crescimento, revisar o sistema fiscal e reduzir a dívida.

Devido às dificuldades econômicas, o desemprego está em 11%, mas com índice de 36% entre os jovens. A contração econômica no ano passado foi de 2,1% e deverá ser de 1% neste ano. Para tentar lidar com as dificuldades, Monti fez um programa de cortes e aumentos de impostos, que gerou críticas da população.

Com a renúncia do atual premiê, em dezembro, aumentou a preocupação com a possibilidade de volta de Silvio Berlusconi, apesar de todos os escândalos e processos judiciais que sofre.

Além de ser réu em processos financeiros e sobre as festas "bunga bunga", ele é visto como o principal responsável pela crise financeira no país.

O temor de que a entrada do ex-premiê agrave a situação financeira ajudou a centro-esquerda, liderada por Bersani, e também o candidato Beppe Grillo, ex-comediante que é considerado uma surpresa eleitoral.

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