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Um dos países mais restritos do mundo parece ser o Paquistão, e o mais liberal no continente americano seria o Brasil, seguido da Venezuela. O México é um pouco mais restrito que liberal. Essas são algumas das conclusões de um estudo realizado com quase 7 mil pessoas em 33 países para determinar o nível de rigidez ou flexibilidade nas suas sociedades.

Mascar chicletes é muito po­­pular nos Estados Unidos, mas é regulado estritamente em Cin­­gapura. Beijar em público é livre em muitos países ocidentais, enquanto que em nações da Ásia é reprovado. A venda de maconha é tolerada na Holanda, mas é motivo para aplicação da pena de morte na Malásia.

Apesar de ser evidente que os valores sociais e públicos diferem bastante entre os países, uma equipe internacional de pesquisadores estudou que culturas são mais ou menos restritivas e identificou algumas razões.

"Há um grande potencial de conflito cultural entre os dois ti­­pos de culturas", afirma a so­­ció­loga Michele Gelfand, da Uni­­versidade de Maryland (EUA), líder do estudo. "Quanto mais as diferenças são compreendidas, mais saberemos o que esperar", acrescenta.

Rigidez

Os pesquisadores perguntaram sobre a rigidez das normas sociais, do comportamento que as pessoas entendiam como esperado e como reagem quando alguém se comporta de maneira inadequada. Eles definiram como países restritos aqueles cujas práticas cotidianas limitam qual é o comportamento permitido e os flexíveis como aqueles que estimulam a existência de vários comportamentos permitidos.

O Paquistão, com elevada densidade populacional e histórico de conflitos, foi considerado o país mais "restrito" da lista. Em seguida, vieram Ma­­lásia, Índia, Cingapura e Coreia do Sul.

No outro extremo da escala está a Ucrânia, embora todas en­­trevistas tenham sido realizadas em Odessa, uma das cidades mais cosmopolitas do país. De­­pois vieram Estônia, Hungria, Israel, Holanda e Brasil.

"As conclusões coincidem com outras pesquisas segundo as quais a diversificação da população tem raízes profundas na mente humana", comentou Ara Norenzayan, sociólogo da Universidade de Columbia Britânica, que não faz parte do estudo.

Os entrevistadores questionaram sobre comportamentos que vão desde beijar em público até comer dentro de uma sala de au­­la. Foi pedido também que qualificassem o quão justificáveis eram comportamentos co­­mo: solicitar benefícios do governo aos que não têm direito, evitar pagar o transporte público, sonegar impostos, homossexualidade, prostituição, aborto, di­­vór­­cio, entre outros.

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