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O presidente boliviano Evo Morales e seus aliados esquerdistas deverão dominar a Assembléia Nacional eleita neste domingo que vai reescrever a Constituição do país, mas a maioria não será tão ampla como ele esperava, indicou uma pesquisa de boca-de-urna.

A elaboração de uma nova Constituição foi uma das promessas de governo de Morales, como uma maneira de permitir reformas e melhorar as condições de vida da maioria pobre do país.

A formação da Assembléia Constituinte é o primeiro teste eleitoral para Morales desde sua posse, em janeiro, e uma pesquisa feita pela rede de televisão ATB indicou que seus candidatos teriam 125 das 255 cadeiras.

Nos últimos dias da campanha, Morales previa que seus aliados conseguiriam 70% das cadeiras, desempenho improvável se as indicações da pesquisa da ATB se confirmarem.

O presidente contava com uma ampla maioria para, como ele dizia, poder "consolidar as mudanças", incluindo o maior controle pelo governo dos recursos naturais e a promoção dos direitos indígenas.

No pleito, os eleitores também votaram sobre uma proposta para dar maior autonomia para as regiões do país. Segundo outra pesquisa feita pela rede Unitel, a proposta foi rejeitada por uma pequena margem, com o "não" ficando com 53% dos votos.Morales apoiava o voto contrário à maior autonomia, o que o colocava em rota de colisão com o grupo da mais desenvolvida província de Santa Cruz, reduto da oposição.

O presidente afirmou que a Assembléia Constituinte deverá decidir, ao final, que forma a autonomia das regiões terá. Críticos temem que os aliados de Morales imponham uma agenda "esquerdista" na futura Constituição.

"Hoje é o início da transformação", afirmou Morales a jornalistas depois de votar em seu vilarejo na região cacaleira de Chapare.

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