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Os cubano-americanos se mostram divididos quando indagados sobre a permanência do embargo norte-americano de 47 anos a Cuba, revelou uma pesquisa, mas o apoio à manutenção das sanções parece ter diminuído.

A pesquisa, realizada pela empresa Bendixen & Associates e publicada pelo jornal Miami Herald nesta terça-feira, mostrou que 41 por cento dos cubano-americanos são contrários à preservação do embargo, enquanto 40 por cento são favoráveis.

Fernand Amandi, vice-presidente executivo da Bendixen, disse que o levantamento mostra uma "evolução de pensamento" na comunidade de 1,5 milhão de cubano-americanos.

A revolução de Fidel Castro em 1959 em Cuba levou a uma rápida deterioração nas relações com os EUA. Washington rompeu os laços diplomáticos com Havana em 1961 e impôs um embargo comercial no ano seguinte, justificados pela nacionalização de negócios americanos e preocupações com a guinada de Castro ao comunismo.

Segundo Amandi, o alto nível de apoio ao fim do embargo seria uma "heresia" seis ou sete anos atrás, quando a defesa do embargo era mais consistente na comunidade de exilados cubanos. A pesquisa foi realizada no dia 24 de agosto com 400 cubano-americanos de todo o país.

O presidente Barack Obama tem dito que quer forjar "um novo começo" nas relações com Cuba, e em abril suavizou o embargo suspendendo restrições a visitas de familiares e às remessas em dinheiro que os cubano-americanos podem enviar a seus parentes.

Obama ainda retomou as conversas sobre imigração com o governo do presidente Raul Castro, que assumiu o comando de seu irmão mais velho Fidel no ano passado, e os diplomatas dizem que as discussões sobre o restabelecimento de serviços postais diretos devem acontecer este mês.

Ao mesmo tempo, Obama deixou claro que pretende manter o embargo até que Cuba se comprometa a libertar presos políticos e melhorar os direitos humanos. Os líderes da ilha descartaram quaisquer "concessões" ou a adoção do capitalismo.

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