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A Fatah, facção ligada ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, derrotaria o grupo Hamas, atualmente à frente do governo palestino, se eleições parlamentares fossem realizadas neste momento, mostrou uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

A pesquisa, realizada pelo instituto independente Near East Consulting, com sede em Ramallah, também mostrou que a maioria dos palestinos deseja do grupo militante uma postura menos rígida em relação a Israel.

Segundo a enquete, a facção Fatah, antes o grupo dominante no cenário político palestino, obteria 40% dos votos, contra 23% para o Hamas. Os demais eleitores disseram que dariam apoio a outras facções ou que não participariam do pleito.

A pesquisa revelou ainda que, se as eleições presidenciais fossem realizadas agora na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, Abbas, um político moderado, conquistaria 38% dos votos, contra 18% para o atual primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, que é membro do Hamas.

No mês passado, Abbas pegou os palestinos de surpresa ao convocar eleições presidenciais e parlamentares antecipadas como parte dos esforços para romper um impasse com o Hamas. O grupo radical e o movimento Fatah não tinham conseguido chegar a um acordo sobre a formação de um governo de unidade nacional.

O Hamas subiu ao poder após ter vencido as eleições de janeiro de 2006, fazendo com que potências ocidentais suspendessem o envio de ajuda aos palestinos e exigissem do grupo que reconheça Israel, renuncie à violência e aceite os acordos de paz já firmados.

O congelamento da ajuda aumentou ainda mais as dificuldades econômicas enfrentadas pelos palestinos.

Líderes do Hamas rejeitaram os apelos de Abbas para a realização de eleições antecipadas, considerando a decisão uma tentativa de golpe de Estado.

A pesquisa do Near East Consulting descobriu ainda que 51% dos palestinos acreditam que o Hamas precisa mudar de postura em relação a Israel. Já 39% disseram que o grupo deveria continuar adotando a mesma linha.

E 67% dos entrevistados afirmaram serem favoráveis a um acordo de paz com o Estado judaico; já 26% manifestaram oposição a uma manobra do tipo.

O instituto entrevistou 823 pessoas, e a pesquisa possui margem de erro de 3,4 pontos percentuais.

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