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O governo dos Estados Unidos tenta melhorar sua imagem na América Latina, mas a maioria dos norte-americanos pouco ou nada sabe sobre a região, segundo uma pesquisa divulgada na sexta-feira.

De acordo com pesquisa online do instituto Zogby International, somente 10 por cento dos entrevistados conhecem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto apenas um em cada cinco é capaz de identificar Felipe Calderón como presidente do México.

"A pesquisa indica que os adultos norte-americanos estão muito desinformados sobre a região", disse em nota Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano, entidade de Washington que colaborou na pesquisa.

Os entrevistados vêem o México como o principal aliado dos EUA na região, seguido de Brasil e Costa Rica.

Venezuela e Cuba encabeçam a lista de países menos "amigos" dos EUA, como seria previsível, mas a Colômbia, país que há dez anos é o maior aliado de Washington na região, aparece curiosamente em terceiro lugar nessa lista.

Com relação a Cuba, 58 por cento se dizem favoráveis a que haja contatos com Raúl Castro, presidente interino do país desde que Fidel Castro se afastou, há pouco mais de um ano, por motivos de saúde.

Na opinião de 56 por cento, já é hora de suspender as restrições de viagens de norte-americanos à ilha comunista e o embargo econômico estabelecido há mais de quatro décadas.

Falando sobre a imigração, 55 por cento dos entrevistados consideram que a presença de estrangeiros da América Latina beneficia a economia norte-americana.

Quase metade (48 por cento) acha que os EUA deveriam manter mais acordos de livre-comércio com países da região, mas, ao mesmo tempo, um em cada três norte-americanos tem uma impressão negativa sobre esses acordos.

Apesar disso, outros 48 por cento dos entrevistados acham que o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte, que reúne EUA, México e Canadá, conhecido como Nafta, foi prejudicial ao seu país.

"A pesquisa revelou que a opinião pública está totalmente confundida sobre o que está acontecendo no comércio", disse Hakim. "As pessoas parecem entrar em contradição: como podem tantos norte-americanos acharem que os EUA foram prejudicados pelo Nafta, quando quase metade pede novos acordos?"

A pesquisa ouviu 7.362 adultos em âmbito nacional entre os dias 27 e 30 de julho.

A margem de erro é de 1,2 ponto percentual.

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